Mundo Mágico: Apresentação



Primeiro havia o caos. Era o Nada do mundo e tudo que havia nele. Não havia nem mar, nem céu, nem terra. Não havia estrelas nem luz. Gaia gerou o universo e tudo o que há nele. Mas a Terra foi uma filha diferente. Ela nasceu junto à seus irmãos, mas nenhum tinha sua beleza. Nenhum tinha sua vida. Ela era única. Então, Gaia resolveu presenteá-la e criou os seres que a habitariam. Os seres do ar foram os primeiros, seguidos pelos do fogo, da água e, finalmente, os seres da terra. Foi ai que surgiram os humanos. E foi a eles que Gaia deu mais liberdade.

Todos os seres viviam em perfeita harmonia. Mas então, os humanos descobriram o poder de dominação e ele os seduziu, como uma cobra enfeitiçando a presa para dar o bote. A maioria foi corrompida. Foi então que começaram a destruir tudo o que lhes parecesse diferente. Vendo o que acontecia, Gaia criou o véu do infinito, separando os dois mundos. E a natureza foi esquecida. Outras coisas começaram a importar para os humanos. Muitas guerras, incontáveis mortes. A Terra saiu de seu equilíbrio.

Os seres mágicos conseguem passar facilmente pelo véu. Eles visitam o mundo dos humanos sem que ninguém saiba que estão ali, ou mesmo quem são. Mas os humanos, a maioria não se lembra de onde vêm. Há alguns que sentem falta de algo que não sabem o que é.

Apenas uma pequena minoria consegue passar pelo véu. Mas se isso acontece, eles não conseguem voltar. Ficam para sempre com os seres mágicos, se esquecendo do mundo dos humanos. Se um humano volta ao seu mundo depois de atravessar um dos portais para o Aislin, o Mundo Mágico, acha que sua viagem não passou de um sonho.

Os seres mágicos eram mandados ao mundo dos humanos para lhes dar avisos. Mas não conseguiam alertar os humanos de que, se eles não parassem, iam acabar destruindo a Terra. Mas ainda há tentativas. Os gigantes fazem acontecer terremotos em lugares que não são propícios. Os ondins e as ondinas levantam as águas, criando ondas gigantes, e as sílfidies e os silfos fazem com que o ar se transforme em tufões. Mas nada disso está parecendo servir.

Entrevista com Carol Vasconcelos sobre A FILHA DE GAIA (por Liliana Alencar)

Essa entrevista começou como uma brincadeira. Foi assim, a Lili e eu estávamos conversando pelo Whats App e ela falou "Vou te entrevistar". Ai eu "Ok, vai lá!".

Só que a "entrevista" ficou tão bacana e engraçada que resolvi postar aqui. E como sou bem lesa pra essas ferramentas tecnológicas, copiei e colei ela toda pra o Facebook e agora fiz o mesmo aqui no blog xD

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Lili: Juro que não sei como começar essa entrevista. Acho que vai o básico: Como surgiu a ideia da história do seu novo livro "A Filha de Gaia"?

Carol: Eu estava viajando de ônibus, de Natal (RN) pra Campina Grande (PB). E sabe aquele estado do sono que você não sabe exatamente se tá dormindo ou acordado? Foi ai que me veio um pensamento (ou sonho, não sei ao certo), onde uma menina com traços divinos caminhava por um cenário de destruição e caos. Em seguida, me veio à mente "E se todas as alterações climáticas que estão acontecendo no planeta forem um aviso? E se houver um outro mundo, paralelo ao nosso, onde vivem seres mágicos que estão querendo nos alertar que a destruição que causamos à terra pode causar um dano irreversível?". Achei que isso daria uma história interessante.

Lili: Falando em sonho, isso sempre aparece em seus livros, não é? Lembro que o título do seu primeiro livro foi escolhido por causa de um sonho que você teve com sua bisavó (que você nem mesmo chegou a conhecer) dizendo que seu livro deveria se chamar "Contos do Mundo Mágico".

Carol: Pois é. Tenho uma facilidade incrível de sonhar e muitas coisas das minhas histórias se revelam nos meus sonhos. Acho que por isso meus personagens sonham tanto.

Lili: De onde vieram as inspirações para "AFdG"? É mais pesquisa ou vivência?

Carol: Acho que um pouco dos dois. Pra criar um mundo inteiro, com novas raças, lugares, etc, é preciso muita pesquisa. A parte da vivência entra no lado humano dos personagens, nas relações que eles criam entre si. Além disso, algumas experiências que eu vivi serviram para eu criar algumas cenas, como por exemplo a iniciação de Aurora, que eu me inspirei na minha própria iniciação na WICCA.

Lili: É verdade! Aliás, a gente aproveita e conta logo pra quem não sabe que você é Sacerdotisa WICCA. Mas voltando a entrevista... o título do livro sempre foi "A Filha de Gaia" ou tiveram outros? E qual o motivo para a escolha desse título?

Carol: Sempre foi esse desde que pensei em um título pra essa história. Não sei se consigo explicar o motivo da minha escolha sem dar spoiller. Mas, basicamente, Gaia é a Deusa maior do Mundo Mágico e a história desse livro é sobre a filha dela.

Lili: Quando você estava escrevendo o livro, decidiu mudar alguma coisa ou ele ficou como tinha imaginado desde o início?

Carol: A gente sempre muda uma coisa ou outra, mas a essência fica. Além disso, ter toda a storyboard do livro, tudo estruturado previamente: o mundo, os cenários, os personagens principais já pensados, o que vai acontecer minimamente em cada capítulo, já ajuda MUITO. Apenas uma cena ou outra, ou alguns personagens de fundo acabam surgindo depois.

Lili: Só pra todo mundo ficar sabendo, esse livro NÃO é uma continuação do primeiro, certo?

Carol: Não. O primeiro é um livro de contos. São sete histórias diferentes. Há um livro relacionado com a última história de "Contos do Mundo Mágico". Se chama "A Ilha da Caveira" e será lançado em E-book. "A Filha de Gaia" faz algumas referências à alguns contos do meu primeiro livro, como nomes de personagens. A Ellyllon, a fada que "escreve" a Carta aos Humanos, prólogo de "AFdG" está na segunda história de "CdMM". É como se fosse o mesmo universo. Mas são histórias diferentes.

Lili: E você tem planos de escrever uma continuação de "A Filha de Gaia"?

Carol: Sim!!!! Não só tenho planos, como já estou escrevendo.

Lili: Mas não vai esperar quatro anos pra lançar, né?

Carol: Não ¬¬ Me senti em campanha política agora.

Lili: Qual sua maior semelhança com Aurora?

Carol: Nossa... pergunta difícil. Acho que sempre acreditar no melhor de cada ser até o último minuto.

Lili: Qual sua cena preferida em "AFdG"?

Carol: Ai, não consigo escolher uma cena preferida. Gosto de muitas. Gosto muito da cena da iniciação, principalmente pelo fato de que foi inspirada em uma situação real.

Lili: Qual seu personagem preferido do livro? Não vale a Aurora.

Carol: Na verdade eu nem ia dizer Aurora. Essas perguntas estão muito difíceis. Eu tenho um carinho especial por todos os meus personagens, a ponto de eles se tornarem meus amigos. Por isso acho super difícil escolher um como preferido. Mas acho que escolho a fada Tambelin. Eu realmente gosto dela.

Lili: "AFdG" fala sobre o fim do mundo. Você achou que o mundo acabaria em 2012?

Carol: Claro que não! Se eu achasse isso teria lançado o livro antes.

Lili: Como você acha que "AFdG" vai ser recebido pelos leitores?

Carol: Espero que bem. Sempre bate aquela insegurança, mas eu confio no meu trabalho e na minha história.

Lili: Já pensou em ver "AFdG" virando filme? Como acha que seria?

Carol: Na verdade já! kkkkkkkkkk Acho que seria incrível ver uma história que eu criei indo para o cinema. Provavelmente seria uma mistura de 2012 (com um roteiro melhor), Um dia depois de Amanhã e todos esses filmes de fim de mundo e, claro, todas as partes do Mundo Mágico. Mas isso eu não faço ideia de como ficaria. Aliás, ideia eu faço, claro, mas tudo teria que ser conversado com os produtores, diretor, etc.

Lili: O que mudou entre o seu primeiro livro e "AFdG"?

Carol: MUITA coisa. Eu amadureci demais de um para o outro, de todas as formas, aprendi muito sobre tudo o que envolve um livro.  Até mesmo a minha forma de escrever amadureceu. Os assuntos que abordei em "AFdG" são mais "adultos". Foram quatro anos, né! Se eu fosse relançar "Contos do Mundo Mágico", mudaria 90% das coisas, não a parte da história em si e sim tudo o que envolve a publicação de um livro. Meu objetivo é sempre aprender mais, me aprofundar nos temas e amadurecer minha escrita. Se estou evoluindo nisso já me sinto vitoriosa.

Lili: Qual sua inspiração pra escrever?

Carol: Você não já tinha feito essa pergunta?

Lili: Não. Perguntei sobre sua inspiração para "AFdG". A pergunta agora é sobre suas inspirações em geral.

Carol: Ah, ok. Me inspiro em tudo. Desde acontecimentos na minha própria vida a ideias que surgem nos meus sonhos.

Lili: Você é psicóloga, trabalha atendendo em uma clínica e recentemente passou num concurso e está trabalhando em um CRAS, no município de Parnamirim (RN). Além disso, você é escritora, administra dois blogs, tem pretensões de fazer uma nova faculdade, faz Pole Dance, aula de canto... o povo quer saber: Você respira?

Carol: Morrendo de rir aqui! Sim. Com planejamento e organização tudo dá certo.

Lili: Sério. Os Super Heróis têm uma trabalho enorme pra manter suas vidas duplas e identidades secretas em (óbvio) segredo. Ensina para o Homem Aranha, Batman e Super Homem como você administra 9083478 vidas.

Carol: Você realmente vai me matar de rir aqui. Mas é simples: não tendo identidades secretas xD Brincadeira. Não sei. É como eu disse: organização e planejamento. Tempo tem quem quer.

Lili: Como a Xuxa, você já viu duendes?

Carol: Não, mas já vi fadas. Serve?

Lili: Sim. Conte-nos essa experiência.

Carol: Fica pra próxima. Essa entrevista está ficando enorme.

Lili: Ok. Última pergunta: Quem ganharia uma batalha entre um Comensal da Morte com uma varinha quebrada e um dragão que não cospe fogo?

Carol: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Acho que o dragão. Um Comensal da Morte não serve pra nada sem uma varinha que funcione. Já o dragão ainda tem como esmagar o Comensal com seu peso.

Playlist A FILHA DE GAIA

Hoje eu trouxe pra vocês a playlist do meu livro A Filha de Gaia. São músicas que escutei durante a construção do livro, que me inspiraram em alguma parte ou personagem ou que a letra tenha a ver com a história. Ou mesmo músicas que, se um dia o livro virasse filme (não custa sonhar, aliás é sempre bom!) eu gostaria que estivessem na trilha sonora.

Espero que gostem!

Shaman - Fairy Tale


Coldplay - Paradise


Coldplay - The Scientist


Coldplay - Clock's


Fairy Night Songs


Loreena Mckennitt - The Mummers' Dance


Taylor Swift ft. The Civil Wars - Safe & Sound


Linkin Park - What I've Done


Se vocês tiverem alguma música que achem parecida, seja por lembrar um personagem ou a história em si, mandem pra mim nos comentários. Vou adorar saber!