tag:blogger.com,1999:blog-65551453445834698782024-03-13T14:45:19.690-07:00Escritora Carol VasconcelosUnknownnoreply@blogger.comBlogger48125tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-53107390439952338432021-01-19T08:51:00.005-08:002021-03-18T11:24:00.507-07:00Degustação SANGUE DE DRAGÃO - Trilogia Etérea Livro III<p> </p><h1 align="center" style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-8lfXFdaf7U8/X_N9ZBJksMI/AAAAAAAAh7M/tJWVk076tk0OcAsshOv12JQuzNUqy4L7wCLcBGAsYHQ/s800/Filha%2Bda%2B%25285%2529.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="512" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-8lfXFdaf7U8/X_N9ZBJksMI/AAAAAAAAh7M/tJWVk076tk0OcAsshOv12JQuzNUqy4L7wCLcBGAsYHQ/w256-h400/Filha%2Bda%2B%25285%2529.png" width="256" /></a></div><br /><span lang="PT-BR" style="color: black; mso-themecolor: text1;"><br /></span></h1><h1 align="center" style="text-align: center;">PRÓLOGO</h1>
<h1 align="center" style="text-align: center;"><span lang="PT-BR" style="color: black; mso-themecolor: text1;">Presságio<o:p></o:p></span></h1>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-color-alt: windowtext;">Fracos raios de sol penetravam timidamente as nuvens pesadas
que anunciavam que uma tempestade se avizinhava. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Elyna estava sentada, solitária, diante da
grande janela de seu quarto, que dava para um dos jardins do castelo. O seu
olhar perdia-se nos confins do horizonte, entre as árvores da floresta e os
tons de um amanhecer opaco. Aquele era somente um de uma série de dias tristes,
marcados pela melancolia que tomava conta de tudo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Só havia se passado uma semana desde que tudo mudara. Elyna
estava sozinha na quietude daquele quarto, como estaria sozinha a partir de
agora. Aladhar estava morta. Ela absorvera aquela informação, junto com as
demais que haviam chegado. Sua mente ainda não conseguia processar todos os
acontecimentos que sucederam aquela notícia. Sabia que precisava ser forte
naquele momento, mas sequer tinha forças para se levantar daquela cadeira.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Ela <span style="background: white; color: black;">havia sido a última a saber da notícia da
morte da irmã. Contudo, </span>sentira o momento que aquilo ocorrera. Eram
gêmeas, Elyna e Aladhar, e todos diziam que eram idênticas. Apenas os olhos as
diferenciavam: Os de Elyna eram azuis e os de Aladhar tinham uma tonalidade de
mel. Cada uma conhecia os pensamentos da outra e, mesmo com o passar dos anos,
quando os seus caminhos se separaram, ainda havia aquela ligação sutil, um
vínculo tenaz que as unia além da distância e lhes permitia trocar pensamentos
e sentimentos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Elyna fechou os olhos e, na escuridão de suas pálpebras, pôde
ver o sorriso de Aladhar brilhar cheio de esperança no futuro. Um futuro que ela
não iria viver. Precisou balançar a cabeça para espantar da mente a imagem de
sua irmã. Aquilo a fazia sofrer ainda mais. Elyna havia lhe dito tantas vezes que
aquele romance não daria certo, tinha alertado Aladhar que havia algo errado
naquele homem, mas a irmã estava completamente apaixonada. E ela a entendia.
Sabia como era estar apaixonada. Então, mesmo não concordando, Elyna ajudara
Aladhar diversas vezes a fugir do castelo para encontrar seu amado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Quando os pais descobriram, proibiram que Aladhar tivesse
qualquer contato com aquele homem, que acreditavam ser um humano e que, por
isso, era incapaz de viver em harmonia com seres de magia. A princesa, no
entanto, não se deu por vencida. Os dois continuaram a encontrar-se apesar de
todas as proibições. Continuaram sonhando com uma vida juntos e quebraram todas
as regras nunca escritas sobre a convivência entre seres de diferentes
espécies.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Elyna, por sua vez, sempre ficou ao lado da irmã e continuou
a ajudá-la. Acobertou a fuga de Aladhar quando esta descobriu que estava grávida
e resolveu morar com o amado. E por isso, Elyna agora se culpava. Aladhar tinha
morrido sozinha, em uma emboscada. Seu bebê provavelmente também estava morto. Sua
irmã ainda estaria viva se Elyna não a tivesse ajudado a fugir e tivesse
simplesmente seguido as ordens dos pais?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Na última vez que Elyna e a irmã haviam se encontrado Aladhar
estava radiante. Sua barriga denunciava que o bebê logo nasceria. Se
encontraram no lugar de sempre, próximo à pequena casinha em que Aladhar morava
com seu amado, no meio da floresta. A princesa vivia agora como uma camponesa,
mas Elyna nunca tinha visto a irmã tão feliz.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Sinto sua falta. – disse Aladhar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- E eu a sua.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">As duas ficaram alguns momentos em silêncio, aproveitando
cada instante. Aladhar apoiou a mão nos cabelos da irmã e os acariciou.
Sentindo o aquele toque leve, Elyna teve vontade de ficar daquele jeito para
sempre porque no fundo de seu coração sabia, <i>sentia</i> que se o tempo não
parasse naquele instante, algo iria acontecer.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Há algo que eu quero contar-lhe! – falou Aladhar, com um
sorriso no rosto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Diga-me! – disse Elyna, e a irmã segurou suas mãos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Nossos pais acham que ele é um humano e por isso não nos
aceitam juntos, não é? Eles nunca gostaram de humanos. Mas eles aceitariam um
ser de outra espécie?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- O que quer dizer? – questionou Elyna.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Maerion é um dragão. – afirmou Aladhar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- O que? – espantou-se Elyna. – Você sabia disso?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Não. Ele contou-me há pouco tempo. Achou que não faria
diferença para nossos pais, pois continuamos sendo de espécies diferentes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Ele pode estar certo sobre isso. – disse Elyna. – Humanos
com certeza são, na opinião dos nossos pais, a pior raça desse mundo. Mas não
acho que se envolver com uma raça diferente era o que eles planejavam para
você.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Nossos pais não podem planejar nossas vidas. – disse
Aladhar. – Elas são nossas. Nós é que decidimos o que fazer com elas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Mas nós somos Princesas do Povo das Fadas! Nós temos
deveres para com o nosso povo!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Eu abri mão disso quando decidi fugir.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Elyna voltou para o castelo naquele dia com muitos
questionamentos. Ela e Aladhar haviam sido criadas para governar o Povo das Fadas,
assim como sua família fizera por centenas de anos. Contudo, enquanto Elyna se
dedicava a aprender sobre questões diplomáticas, acompanhando os pais em
reuniões importantes, bem como aos estudos sobre magia, Aladhar gostava de
estar com o povo, de andar pela cidade, comprar frutas no mercado e conversar
com as pessoas. Ela nunca demonstrara interesse no comando do reino.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Ela fechou os olhos mais um instante. Não aguentava mais. </span><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">A
vida desmoronava em cima dela e toda a sua força desaparecia atrás de um
horizonte de sofrimento, diante de tudo o que havia acontecido. <span style="background: white; color: black;">Sentia que o que tinha por dentro, fosse
lá o que fosse, iria engoli-la para sempre. Nada conseguia preencher aquele
vazio que, do coração, se espalhava pelo corpo inteiro, paralisando-a. Elyna l</span>embrava
de cada detalhe, cada segundo desde que sentira que algo terrível acontecera a
sua irmã. <span style="background: white; color: black;">No último dia em que
haviam estado juntas dera-lhe um abraço bem apertado e parecera-lhe que Aladhar
se dissolvia entre seus dedos, como se de alguma forma já não lhe pertencesse.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Voltavam à sua mente as lembranças de sua irmã, o sorriso
dela de manhã, o perfume de seus cabelos, o cheiro de sua roupa. Ao mesmo
tempo, as lembranças de quando contara</span><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> tudo aos pais
assim que sentiu aquele terrível presságio, das buscas que se iniciaram
imediatamente e da confirmação da morte de Aladhar. A<span style="background: white; color: black;"> dor era dilacerante e, por mais que tivesse a impressão de
ter chegado ao fundo do poço, parecia que a cada dia descia mais nele. No seu
limbo, tudo era confuso, distante e sem vida.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Elyna lembrava
nitidamente da ameaça de os dragões invadirem a terra das fadas e dizimarem
toda a população, e de seus pais, o Rei e a Rainha, se sacrificarem pelo seu
povo para esconder o Reino Feérico nas brumas para evitar a tragédia iminente. <span style="background: white; color: black;">Não tinha ido ao enterro da irmã, mas
lembrava-se do dia que haviam encontrado o corpo e que, de sua janela, vira a
pira ser acessa e a fumaça dela subir por horas em direção ao céu. Lembrava do
cheiro do óleo de lavanda, usado no corpo de Aladhar, que se espalhara junto
com a fumaça.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Uma batida abafada veio da porta, tirando Elyna de suas
lembranças. Ela autorizou a entrada, mas não se moveu. Nem mesmo olhou para
trás. Continuou com os olhos fixos no horizonte. Os esplêndidos olhos azuis de
Elyna, que agora estavam nublados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Vossa Majestade! – disse uma voz feminina a quem
imediatamente ela reconheceu como sendo de Jhad, a comandante do Exército Feérico.
– Todos a esperam na sala dos dois tronos para a vossa coroação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Preciso de mais alguns minutos. – disse Elyna, e suspirou
profundamente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Como desejar, Vossa Majestade. – disse Jhad.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Por favor, fique aqui comigo! – falou a princesa,
levantando-se da cadeira e virando-se de frente para a comandante. Uma lágrima
solitária escorreu em seu rosto. – Não tenho mais ninguém nesse mundo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">De repente, caiu em prantos. Apertou os olhos na tentativa de
acalmar-se, mas não conseguiu.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Você tem a mim! – disse Jhad, aproximando-se de Elyna e
abraçando-a. Sabia que não precisavam mais de formalidades naquele momento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br clear="all" style="break-before: page; mso-special-character: line-break; page-break-before: always;" />
</span>
<p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<h1 align="center" style="text-align: center;"><span lang="PT-BR" style="color: black; mso-themecolor: text1;">CAPÍTULO 1<o:p></o:p></span></h1>
<h1 align="center" style="text-align: center;"><span lang="PT-BR" style="color: black; mso-themecolor: text1;">Retorno<o:p></o:p></span></h1>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">A lua estava alta no céu e se
escondia, de tempos em tempos, em meio às nuvens que ficavam cada vez mais
densas e numerosas, anunciando que uma tempestade logo chegaria. A Rainha Elyna
estava sentada em uma cadeira de frente à janela do seu quarto. A cena parecia
se repetir. Sentimentos se misturavam dentro dela. Sentia-se impotente mais uma
vez, como anos atrás. Ela não suportaria viver mais um dia como aquele, perder
novamente pessoas que amava.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Quando sua irmã e seus pais morreram, </span><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">tinham dito a ela que o tempo amenizava todas as
dores. Mas, com ela, nunca parecera funcionar. Pelo contrário. A cada dia, a
cada minuto, as ausências se tornavam mais insuportáveis. E, agora, seu filho
estava em perigo, bem como sua sobrinha, que era tudo o que lhe tinha restado
de Aladhar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Serondye, Aether e a capitã do Exército das Fadas tinham
desobedecido sua ordem e partido para Hallynor naquela madrugada. A Rainha
Elyna estava tomada pelo desespero. Sabia o que podia ter acontecido a eles.
Sabia que tudo aquilo podia tratar-se de uma armadilha dos dragões para
tirá-los do Reino das Fadas. E, justamente por isso, tinha ordenado que não
fossem para Hallynor. Contudo, não havia mais nada que pudesse fazer agora.
Mais uma vez ela estava de mãos atadas. Mais uma vez ela nada podia fazer pelos
seus.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Elyna sentia-se oprimida por aqueles sentimentos de
impotência e incerteza que corroíam suas entranhas. </span><span lang="PT-BR" style="background: white; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">E o vento que soprava não lhe parecia comum,
tinha um final gélido que queimava a pele e congelava tudo por dentro. Um vento
álgido que parecia anunciar uma nova tragédia. Mesmo depois de tantos anos, a
ameaça ainda rondava aquela terra. O passado parecia não querer ir embora e as
lembranças vinham lhe assombrar, como se tudo fizesse parte de um eterno ciclo.</span><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Ouviu-se um rumorejar surdo da trovoada que se aproximava e o
céu foi rasgado pela luz repentina de um relâmpago. </span><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Então,
de repente, um portal abriu-se na floresta, irradiando uma luz branca por entre
as árvores. A Rainha<span style="background: white; color: black;"> tomou fôlego
como se aquela fosse a primeira respiração da sua vida e levou a mão ao peito.
Elyna levantou-se às pressas da cadeira onde estava e deixou o quarto. Desceu
correndo as escadas e seguiu, às pressas, em direção à porta de saída do
castelo.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Em poucos instantes, estava diante das margens da floresta, onde
estava o Exército das Fadas, comandado pela Rainha Jhad. Os guerreiros
encontravam-se em posição de defesa, com seus pesados escudos na direção das árvores.
A Rainha Elyna correu ao encontro de sua esposa, que já dava ordens a seus
soldados.</span><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Surgiram devagar, um a um, do meio das árvores. Serondye foi
o primeiro a aparecer e ouviu-se um grito de “baixem as armas” vindo da Rainha
Jhad. Logo depois, Calyna surgiu. Atrás dela vinham Lonerin e a família de
Aether, que olhavam em volta, sem entender onde estavam. Alguns deles estavam feridos,
os trajes sujos do sangue dos inimigos, ou sangue deles próprios.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">A Rainha Elyna correu, aflita, na direção do príncipe e o
abraçou. Em seguida, dirigiu ao filho um olhar desesperado, depois de perceber
que Aether não estava no grupo. Serondye baixou a cabeça e um silêncio tumular
que não pressagiava nada de bom tomou conta do lugar. As lágrimas que guardara
desde o momento em que percebera que haviam partido para Hallynor, desciam
agora sem controle pelo seu rosto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- O que houve com ela? – perguntou Jhad, aproximando-se do
grupo, quando percebeu que a esposa não tinha condições de falar naquele
momento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Eu não sei. – respondeu Serondye. – Tudo aconteceu rápido
demais. Fomos atacados. Ela se transformou e nos ajudou a escapar. Então, retornamos
para o lugar combinado, onde abrimos o portal. Depois ela mesma escapou. Nós a
vimos como um dragão, voando na direção da floresta, mas Moriz a perseguiu e...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Ela está morta? – perguntou Elyna, com a voz embargada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Não sabemos. Ele a machucou e ela caiu na floresta. – falou
Calyna. – Dmthir voltou para ajudá-la e nossos caminhos se separaram.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Eu não podia manter o portal aberto por muito tempo. Era
arriscado demais, poderia revelar nossa localização e isso causar um ataque ao
nosso povo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Precisamos encontrá-la! – disse Elyna.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Eu posso tentar procurá-la com magia. – disse Serondye. –
Não vai ser fácil, mas posso começar do último lugar onde a vimos e seguir a
partir dali.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Então vamos voltar para o castelo! – disse Jhad, com
firmeza. – E Serondye vai encontrar Aether.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Enquanto Calyna voltou para sua casa, os demais retornaram ao
castelo. A Rainha Jhad acomodou a família da moça e Lonerin nos quartos
restantes do lugar. Os pais de Aether ficaram no quarto mais próximo ao dela,
enquanto seus irmãos foram acomodados no final do corredor do segundo andar, ao
lado do quarto que Lonerin ocuparia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Foram chamadas curandeiras para tratar dos feridos e Serondye
dispensou os cuidados e se dirigiu ao quarto de Aether, pois lá ficaria mais
próximo à energia da prima para conseguir encontrá-la. A Rainha Elyna
providenciou para que o jantar dos visitantes fosse entregue em seus
respectivos quartos e se juntou ao filho nos aposentos de Aether. A Rainha Jhad
logo se uniu aos dois.</span><span lang="PT-BR" style="background: white; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">O príncipe pretendia adentrar os sonhos de Aether para entender
onde ela estava e, assim, abrir um portal até o lugar para resgatar a moça e
Dmthir, que deveria estar com ela. Serondye sentou-se na cama de sua prima com
as pernas cruzadas e fechou os olhos. Estava exausto e desconcentrado e aquele,
nem de longe, era o cenário ideal para usar a magia. Contudo, não havia tempo
para grandes preparações.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Cada segundo contava, pois Aether corria muitos riscos
ficando em Hallynor por tanto tempo. Além disso, não sabiam se ela estava
machucada ou mesmo se Dmthir tinha conseguido de fato encontrá-la. A essa
altura, os dois poderiam, até mesmo, terem sido capturados pelos Cavaleiros
Dragão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">A água finalmente preencheu com seu tom leve o vazio imóvel
que antes abafava todas as coisas. Serondye mantinha-se em concentração
absoluta há horas. Sua respiração era tranquila e ritmada. Ele caminhava,
solitário, pela floresta de Hallynor, buscando pistas do paradeiro de Aether.
Seu corpo flutuava na névoa do éter, obedecendo sua mente, que estava atenta a
cada ruído daquele lugar. Mas tudo parecia estar na mais perfeita paz. Nada
mais que os sons comuns de uma floresta.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Serondye ouvia o piar de uma coruja, o vento batendo nas
folhas das árvores e até mesmo uivos distantes de lobo. Mas nada que parecesse
com sons de passos. Nada que lembrasse uma perseguição. O príncipe perguntou-se
se já não era tarde demais e se Aether e Dmthir haviam sido capturados e
estariam nas masmorras do castelo agora. Ele tentava, em vão, acessar os sonhos
de sua prima. Contudo, parecia que Aether mantinha-se acordada, o que
corroborava com a teoria de Serondye de que ela provavelmente estava agora em
poder dos dragões e, por isso, em total estado de alerta.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">A tempestade que caia do céu negro e carregado de chuva e
dominava, ameaçadora, aquela terra, aos poucos deixou o lugar para os primeiros
raios do alvorecer. Serondye, ainda sentado na cama de Aether, abriu os olhos.
Suas mães estavam na sua frente, demonstrando aflição no olhar. O príncipe
respirou fundo, deixando claro que não tivera sucesso em sua busca.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Há pelo menos alguma pista que nos permita achá-la? –
perguntou a Rainha Elyna, apreensiva.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Nada. – disse Serondye, preferindo não compartilhar sua
teoria com as mães.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Um silêncio pesado tomou conta do ambiente. A tempestade diminuíra.
Já não se ouviam trovões, só o barulho leve da chuva que ainda caia. Serondye
encarava as mães, torcendo para que elas não notassem o medo que ele sentia
pelo destino de Aether. Um sombrio desespero anuviava seus olhos. A frustração
era tanta que lhe obstruía a garganta. Contudo, o príncipe respirou fundo mais
uma vez e falou:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Continuarei a procurar. Não descansarei até encontrá-la.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">O eco de suas palavras ressoou nas paredes do castelo.</span><span lang="PT-BR" style="background: white; color: #14171a; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt; text-align: center; text-indent: 0.6in;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt; text-align: center; text-indent: 0.6in;"> Para uma experiência
completa, acesse a Playlist do livro.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 0.6in;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-mpnYaBXFN60/X_N9Oy9p_oI/AAAAAAAAh7I/GVNyKytPyjsep1Hr7eMb3tKGLQWVD5ksQCLcBGAsYHQ/s300/Sangue%2Bde%2BDrag%25C3%25A3o%2B%25285%2529.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-mpnYaBXFN60/X_N9Oy9p_oI/AAAAAAAAh7I/GVNyKytPyjsep1Hr7eMb3tKGLQWVD5ksQCLcBGAsYHQ/s0/Sangue%2Bde%2BDrag%25C3%25A3o%2B%25285%2529.png" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;"><a href="http://escritoracarolvasconcelos.blogspot.com/p/eterea.html" target="_blank">CLIQUE AQUI</a> para saber mais sobre a Trilogia Etérea.</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;"><a href="http://bit.do/fNiUZ" target="_blank">COMPRE AQUI</a> o livro Sangue de Dragão.</p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-47810815590045019562021-01-07T11:33:00.005-08:002021-01-17T18:29:30.838-08:00SANGUE DE DRAGÃO - Trilogia Etérea Livro III<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-cTaZ3axx_G4/X_N9qVGL8KI/AAAAAAAAh7U/zJPKxcdInTMUZ4ZhghLA6Cst0yR4ycbOgCLcBGAsYHQ/s800/Filha%2Bda%2B%25285%2529.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="512" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-cTaZ3axx_G4/X_N9qVGL8KI/AAAAAAAAh7U/zJPKxcdInTMUZ4ZhghLA6Cst0yR4ycbOgCLcBGAsYHQ/w256-h400/Filha%2Bda%2B%25285%2529.png" width="256" /></a></div><br /><p></p><p><br /></p><p style="text-align: justify;"><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px; text-align: left;">SINOPSE: Após um perigoso resgate, Aether acaba sendo gravemente ferida e se separa dos outros. Dmthir retorna para ajudá-la e os dois conseguem escapar de Hallynor e encontrar abrigo. Depois de incansáveis buscas, Serondye acaba, finalmente, localizando sua prima. Contudo, uma ameaça iminente parece rastejar pelas sombras. Aether se vê, mais uma vez, atormentada por terríveis pesadelos. A batalha final se aproxima e escolhas dolorosas e definitivas precisarão ser tomadas. Uma pessoa será capaz de unir dois mundos?</span></p><p><br /></p><p style="text-align: center;">SANGUE DE DRAGÃO CHEGA EM 02 DE FEVEREIRO DE 2021.</p><p><br /></p><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;">Para saber mais sobre a trilogia, </span><a href="http://escritoracarolvasconcelos.blogspot.com/p/eterea.html" style="text-align: left;" target="_blank">CLIQUE AQUI!</a></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: center;">ACESSE A PLAYLIST DO LIVRO</p><p style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Zi-laq3PUSY/YATye2dLgtI/AAAAAAAAh9M/350n6-aqDtEK1uBcQwN0esVj2r-G1-v-wCLcBGAsYHQ/s300/Sangue%2Bde%2BDrag%25C3%25A3o%2B%25285%2529.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-Zi-laq3PUSY/YATye2dLgtI/AAAAAAAAh9M/350n6-aqDtEK1uBcQwN0esVj2r-G1-v-wCLcBGAsYHQ/s0/Sangue%2Bde%2BDrag%25C3%25A3o%2B%25285%2529.png" /></a></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div style="text-align: left;"><span face="arial, helvetica, sans-serif" style="text-align: justify;">Filha da Magia conta com uma Playlist do Spotify, pensada para companhar o leitor durante todo o livro e criar uma experiência completa de leitura. Assim que começar o livro, dê o play no Spotify e aproveite.</span></div><div><span face="arial, helvetica, sans-serif" style="text-align: justify;"><br /></span></div></div><br /><p style="text-align: center;"><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-66442234760223245532020-06-11T08:20:00.002-07:002020-07-01T21:10:05.878-07:00Degustação FILHA DA MAGIA - Trilogia Etérea Livro II<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-SEDv8nJ8Kvo/XqtuOxsvwrI/AAAAAAAAhYY/YR8ibTNKCFo1ohel6Q3t1P-Ml99plhIRQCLcBGAsYHQ/s1600/A%2BFilha%2Bde%2BGaia%2B%252823%2529.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1003" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-SEDv8nJ8Kvo/XqtuOxsvwrI/AAAAAAAAhYY/YR8ibTNKCFo1ohel6Q3t1P-Ml99plhIRQCLcBGAsYHQ/s400/A%2BFilha%2Bde%2BGaia%2B%252823%2529.jpg" width="250" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">PRÓLOGO<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Morte<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Sangue. Sangue
por toda parte. No ar, seu cheiro metálico e um silêncio pesado, absoluto. Lá
fora, o céu era negro como piche, pontilhado da trêmula brancura de dúzias de
pequenas luzes. Não havia o menor sopro de vento, nenhuma voz, nem mesmo o
farfalhar das folhas das árvores ou o piar distante de uma coruja. Somente a
imobilidade da morte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
pequena sala, de teto absurdamente baixo, tinha as paredes feitas de tijolos.
Num canto havia uma lareira cujo fogo já estava quase que completamente
apagado. O espaço apertado era pouco iluminado. Havia uma luz acanhada vinda
das poucas velas em cima de uma mesa de madeira. O cheiro penetrante de sangue
e de morte confundia-se com o de mofo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Azor
caminhou pesadamente até o corpo sem vida da fada e o virou com delicadeza. Um
bebê recém-nascido estava entre seus braços, enrolado em um pano coberto do
sangue da mãe que morrera com um golpe de espada. </span><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em
um instante, ele pareceu entender o abismo para onde havia escorregado, a
abominação da qual participara, a insanidade que o dominara naqueles dias de
perseguição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Teve que fechar os olhos e
sufocar, com força, o desejo ardente de abandonar tudo. Respirou fundo,
tentando, em vão, apagar o que acabara de acontecer. <span style="background: white;">O bebê começou a chorar copiosamente. Azor o pegou no colo e
viu que estava ileso. O Cavaleiro Dragão começou a ninar a criança para
acalmá-la. Seus irmãos permaneciam parados como estátuas de mármore, um em cada
canto daquela sala.</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Viu-se,
então, uma forma surgir entre as sombras. A silhueta do homem ficava cada vez
mais clara à medida que ele se aproximava da luz das velas até, enfim, revelar
a imagem de Moriz. O dragão, que estava em sua forma humana, ainda segurava a
espada com a qual ceifara a vida da fada. A arma estava coberta de sangue, que
gotejava ritmicamente no chão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">As
sombras projetadas no rosto de Moriz pela fraca iluminação das velas lhe
conferiam uma aparência ameaçadora. Um ar sádico transparecia em seu semblante.
O dragão estava coberto até os pés por roupas escuras. Seu nariz era fino e ele
tinha um cavanhaque preto bem desenhado. Seus olhos amarelos em fenda, como os
olhos de uma serpente, fitavam Azor, parecendo que invadiam sua alma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Posso saber o
que está esperando para matá-lo? – questionou Moriz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Matá-lo? –
Azor perguntou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Acha que
depois de todo o trabalho que tivemos vamos mantê-lo vivo? – dessa vez foi Yhar
que fez a pergunta. – Por qual motivo faríamos isso?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Sua irmã tem
razão! – disse Moriz. – Em que mundo você estava vivendo esses últimos meses,
Azor? Maerion não pode ter um filho. Se ele morrer sem herdeiros, eu serei o
próximo a comandar Hallynor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Mas o bebê é
um mestiço. – falou Azor. – Não tem poder para...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Não seja
ingênuo, Azor. – interrompeu Moriz. – Você acha mesmo que Maerion se importa se
essa criança é mestiça ou não? Se não tem coragem suficiente para isso,
entregue-a a um de seus irmãos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Pode entregar
a mim! – disse Yhar, com uma expressão ainda mais sádica que a de Moriz. Via-se
claramente em seus olhos o quanto ela queria fazer aquilo. – Eu não aguento
mais esse choro!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Vamos, Azor! –
ordenou Moriz. – Não temos tempo para demonstração de sentimento de culpa!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Eu acho apenas
que... – começou Azor, tentando pensar o mais rápido possível em uma
justificativa que convencesse o pai a manter aquela criança viva. – O bebê pode
ser útil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Útil? –
questionou Moriz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Maerion não
precisa saber que está vivo. – disse Azor, devagar, tentando ganhar tempo para
sua cabeça formular algo. – Nós prosseguimos com o plano de culpar as fadas
pela morte da mãe e da criança mestiça. Porém, ela nos pode ser útil de alguma
forma no futuro. Ela não saberá sobre sua origem. Podemos até mesmo usá-la
contra Maerion.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Um trunfo? –
ponderou Moriz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Exatamente. –
falou Azor. – Um grande trunfo que pode derrubar Maerion. Não há como saber
qual será a reação do grande dragão vermelho quando souber da morte de Aladhar
e de seu herdeiro. Mantemos a criança viva sem que ninguém saiba. E se não nos
for útil, podemos matá-la depois.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Moriz permaneceu em silêncio por
alguns minutos. Ouvia-se somente o choro do bebê ecoando na sala. Rahil e Dohor
permaneciam no mesmo lugar, parecendo estátuas de pedra. Não haviam dado
nenhuma opinião, como era de praxe. Como bons soldados que eram, os dois
somente serviam e obedeciam Moriz. Já Yhar estava incomodada com a ideia de
Azor. Ela queria matar aquela criança. Não porque seu pai havia mandado, mas
porque gostava daquilo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Azor tentava controlar suas emoções
para que elas não transparecessem em seu rosto. Mantinha os dentes cerrados e a
expressão séria. E torcia para que seu olhar não denunciasse que, por dentro,
ele rezava para que Moriz fosse convencido pelas suas palavras e desistisse de
eliminar o bebê.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Faça-o se
calar! – disse Moriz, finalmente. – Ou vou acabar mudando de ideia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: center;">CAPÍTULO 1</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Sozinho<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Sangue e pânico
não significavam nada para ele. Aquilo fazia parte de sua vida desde que podia
se lembrar. Contudo, o castelo estava irritantemente inquieto. Os Cavaleiros
Dragão andavam para lá e para cá preocupados, apreensivos, murmurando sobre o
que tinha acontecido naquela manhã. Era algo que nunca havia sido visto antes:
Um mestiço havia se transformado em um dragão. O que antes somente seu pai e
alguns de seus irmãos pareciam saber, era agora de conhecimento comum em toda
Hallynor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Pelo que ele acabou sabendo, aquela,
na verdade, não era a primeira vez. Anos atrás, aquela mesma mestiça, que vivia
presa em uma alta torre na terra dos Dragões, já se transformara e, dessa
forma, conseguira fugir dali. E isso levava parte dos Cavaleiros Dragão a
certos questionamentos: teriam todos eles esse mesmo poder?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Garin, contudo, tinha a resposta: não.
Ele coletou algumas informações e conectou todas elas, chegando à conclusão de
que a mestiça era diferente de todos os Cavaleiros Dragão, pois era filha de
uma fada e por isso a magia pulsava nela. Híbrida de dois seres mágicos, Aether
tinha um imenso poder do qual ele suspeitava que nem mesmo a moça sabia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Seus irmãos mais velhos, Rahil,
Dohor e Yhar, estavam trancados com seu pai, Moriz, há horas. Seu pai estava
furioso, mas Garin não queria pensar nisso agora. Havia muita coisa na sua
cabeça e ele precisava seguir seu caminho até as masmorras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Naquele
breu em que se encontrava, o ar parecia mais denso e pesado, com o cheiro
típico de lugares fechados. Depois de um tempo, no entanto, seus olhos
acostumaram-se à falta de luz e ele conseguiu vislumbrar os degraus úmidos e
desconexos que mergulhavam nas trevas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Desceu
aquela escada com passos pesados, até chegar a um corredor estreito com oito
celas dispostas de cada lado. O lugar era claustrofóbico e escuro. E havia
somente dois prisioneiros ali: um em cada cela. Garin levara o jantar dos
prisioneiros Dmthir e Lonerin, que haviam sido presos por traição naquele mesmo
dia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
rapaz empurrou as bandejas pelos buracos nas grades e, sem dizer uma palavra,
ou mesmo olhar nos olhos de seus irmãos, virou-se em direção à saída.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Como você
consegue viver depois de tê-lo matado? – gritou Dmthir. Seus olhos estavam
cheios de água. Garin parou onde estava. – ELE ERA SEU IRMÃO!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Garin
ficou parado por alguns instantes, mas não se virou nem disse uma palavra
sequer. Simplesmente voltou a andar para sair dali. Subiu as escadas e
desapareceu na escuridão. Depois de sair das masmorras, o rapaz trancou a
grande porta de madeira maciça com fechaduras de ferro fundido e parou de
costas para ela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">***<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Durante
os primeiros dias naquele lugar, Garin se entregou por completo as tarefas de
aprendiz de Cavaleiro Dragão. Treinamento de manhã e à tarde, serviços de vigia
e ronda a noite, alternando com os outros. Contudo, apesar do esforço, ainda
não era um cavaleiro. E se perguntava se algum dia o seria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Ao
menos o cansaço que aquela rotina lhe trazia o fazia esquecer de tudo o que
havia passado, de sua mãe, do vilarejo, do menino inerte estirado no chão e
coberto de sangue, assim como suas mãos também estavam. Fechou os olhos e
pensou no pai. Havia sido ele a plantar aquela semente de violência em sua
alma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Você não
precisa ter medo dessas sensações. – disse Moriz, que estava em sua forma
humana, de costas para ele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Mas elas são
terríveis. – falou Garin, encarando seus pés. Estava nos aposentos do pai. Ele
o havia chamado para lhe passar as ordens para sua primeira missão com os
irmãos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- A fúria é uma
companheira. – disse o dragão. – Ela só precisa ser usada de forma controlada,
para que não se desvie do foco e se perca do objetivo. Controle é poder.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Ela me induz
ao mal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Induziu a
fazer o quê? – questionou Moriz. - Castigar alguém que difamou sua família?
Chama isso de mal?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Eu não quero
matar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- O que quer não
faz diferença.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
pai, que nunca o tratara como filho, apenas mandara buscá-lo e ele todos os
dias tentava entender o porquê. Moriz tratava seus filhos como soldados,
serviçais. Mas isso não impedia o desejo de Garin em agradá-lo. E, para isso, ele sabia que não podia ser
somente um Cavaleiro Dragão, teria que ser o melhor. Não podia ser somente um
dos soldados de Moriz. Tinha que ser o seu braço direito e seu homem mais fiel.
Aquele anseio, aos poucos, tomava conta do jovem e logo se tornaria seu
propósito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Nos
treinos com os irmãos, era perceptível que Garin era dotado de muita
resistência, mas sua técnica não era propriamente impecável. Contudo, ele
compensava as lacunas com intuição e fantasia. Logo, se tornou muito
habilidoso, defendendo-se, evitando agilmente os ataques, escolhendo a hora
certa para investir, pulando de um lado para outro com grande agilidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Aproveitava-se
da própria rapidez para deslocar-se sem parar, desnorteando o adversário.
Facilmente desarmava seus adversários, tirando os cajados de treino de suas
mãos com um só golpe. Garin vencia até mesmo os irmãos mais velhos e mais
experientes que ele. Menos Azor. Ele era o único que Garin nunca vencera.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Contudo,
parecia que aquele era o dia em que aquilo mudaria. Usando sua melhor
habilidade, Garin parecia estar dominando aquela luta contra seu irmão. Ele
aumentou a velocidade dos movimentos, defendeu facilmente um golpe, virou-se e
acertou o oponente no flanco esquerdo. De repente, o cajado de madeira voou das
mãos de Azor, indo chocar-se com umas espadas apoiadas em um canto da sala.
Então, Garin apontou seu próprio cajado para a garganta do irmão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Porém,
aquele momento de segurança foi suficiente para ver a vitória esvair-se entre
as suas mãos. Azor fingiu que havia se rendido e, ao menor indício de guarda
baixa, desviou-se perigosamente do cajado de Garin e, com apenas um golpe,
desarmou o irmão e o derrubou no chão, imobilizando-o.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Ei! – disse
Garin, revoltado por ter perdido. – A luta havia acabado. Você se rendeu!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Você supôs que
eu me rendi. – disse Azor. – Você não imobilizou seu adversário. Me deixou
livre para atacar novamente. No mundo real isso poderia ter lhe custado a vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Mas não é
justo! – protestou o jovem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- A vida não é
justa, irmão! – disse Azor virando as costas para Garin. – Você acabou de
aprender que antes de lutar é preciso conhecer direito o seu adversário. E que
a força de nada adianta sem a inteligência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">***<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Garin
desabou no chão de joelhos. Eram tantas as coisas que gostaria de esquecer, que
<i>precisava</i> esquecer. Ele era um ser
atormentado, uma criatura confusa e inquieta, perdida entre os impulsos que se
desencadeavam à margem da sua consciência e o louco desejo de ser uma pessoa
normal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">As
lágrimas rolavam sem permissão pelo seu rosto. Ele nem lembrava quando havia
sido a última vez que chorara. Nem mesmo sabia que ainda era capaz daquilo.
Além das lembranças, que agora vinham sem controle em sua mente, os pensamentos
também surgiam sem permissão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">“No mundo real isso poderia ter lhe custado a
vida”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Ele pensava sobre as escolhas que o
haviam levado até ali, sobre o que o mantinha ali, quem era ele de verdade, ou
mesmo quem ele queria ser. Garin sentia o mundo escapulir entre seus dedos.
Tinha a impressão de que estava sendo atropelado por sua própria vida. Desde
que encontrara Aether, as coisas pareciam ter mudado num piscar de olhos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Tudo se confundia num só turbilhão
que o desnorteava. Tinha negado qualquer possibilidade de sentimento ligado a
ela. Apressara-se em fugir do que parecia crescer em nele, algo que nunca
experimentara antes, algo vivo e real que poderia levá-lo a perder o controle. E
isso era algo que o aterrorizava. Garin temia as sensações avassaladoras e
quase incontroláveis que ela trazia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">“Controle é poder”<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Precisava voltar a ter seu
autocontrole, colocar sua cabeça nos eixos novamente. Pelo menos ele tinha sua
espada. Era ela que o ajudava a manter o foco. Nela, suas emoções desapareciam,
seus sentimentos se apagavam e sua mente se perdia no automatismo dos
movimentos de seu corpo quando lutava.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><a href="https://www.amazon.com.br/Filha-Magia-Trilogia-Et%C3%A9rea-Vasconcelos-ebook/dp/B08BKK96Z3/ref=sr_1_7?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=carol+vasconcelos&qid=1593662957&sr=8-7" target="_blank">COMPRE</a> FILHA DA MAGIA!</div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-29473087349523568352020-05-20T21:35:00.001-07:002020-07-01T21:10:44.393-07:00FILHA DA MAGIA - Trilogia Etérea Livro II<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-q6vMRrpqRyY/XsVKCwvVEAI/AAAAAAAAhc4/cR5htsNNwuUocQ-Ym9-13wrB1pySzHIyQCLcBGAsYHQ/s1600/A%2BFilha%2Bde%2BGaia%2B%252823%2529.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1003" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-q6vMRrpqRyY/XsVKCwvVEAI/AAAAAAAAhc4/cR5htsNNwuUocQ-Ym9-13wrB1pySzHIyQCLcBGAsYHQ/s400/A%2BFilha%2Bde%2BGaia%2B%252823%2529.jpg" width="250" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">SINOPSE: Aether finalmente está a salvo. Após atravessar o portal, a moça vai parar no Reino das Fadas, o qual achava ser somente parte de contos infantis. Lá, ela vai conhece mais sobre sua mãe e sua origem. Aether também começa a treinar com a Chefe da Guarda Real para ser uma guerreira e descobre ser boa nisso. Contudo, i</span><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">magens de medo e incerteza começam a povoar sua mente e ela passa a ter terríveis pesadelos. Quando uma s</span><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">úbita e arrebatadora violência recai sobre Aether e a moça tem uma visão de um amigo correndo risco de vida, ela percebe que precisará fazer escolhas. Filha da Magia é</span><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"> o segundo volume da Trilogia Etérea e, neste livro, a história assume um t</span><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">om mais sombrio. Os conflitos dos p</span><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">ersonagens tornam-se mais intensos e estes precisam buscar sentido em suas vidas, agarrando-se a ele ou sacrificando-se para conquistá-lo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">ACESSE A PLAYLIST DO LIVRO NO SPOTIFY</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-Kn7uTnKVh6k/XsVKa01FLPI/AAAAAAAAhc8/GD9w-o_hjugSX4_L_rgmnvsN4RRkkLp9QCLcBGAsYHQ/s1600/Filha%2Bda%2BMagia%2BPlaylist.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1147" data-original-width="1147" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-Kn7uTnKVh6k/XsVKa01FLPI/AAAAAAAAhc8/GD9w-o_hjugSX4_L_rgmnvsN4RRkkLp9QCLcBGAsYHQ/s200/Filha%2Bda%2BMagia%2BPlaylist.png" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.amazon.com.br/Filha-Magia-Trilogia-Et%C3%A9rea-Vasconcelos-ebook/dp/B08BKK96Z3/ref=sr_1_7?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=carol+vasconcelos&qid=1593662957&sr=8-7" target="_blank">COMPRE</a> FILHA DA MAGIA!</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-35839456942315701792019-10-20T10:26:00.002-07:002020-10-06T19:09:11.320-07:00EU QUERO O EBOOK GRATUITO DE "A CIDADE DO HALLOWEEN"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-cuLVBrpca4M/Xatj1y5qFRI/AAAAAAAAgYI/MU0FX0T2SfAhTWXhXd0L9KzuHnUbC2BqwCLcBGAsYHQ/s1600/A%2BFilha%2Bde%2BGaia%2B%252820%2529.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1028" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-cuLVBrpca4M/Xatj1y5qFRI/AAAAAAAAgYI/MU0FX0T2SfAhTWXhXd0L9KzuHnUbC2BqwCLcBGAsYHQ/s400/A%2BFilha%2Bde%2BGaia%2B%252820%2529.jpg" width="256" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="background-color: white;">Eu vou disponibilizar uma história TOTALMENTE GRATUITA pra vocês bem temático de Halloween, pra comemorar essa data do ano que eu AMO!</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span face="arial, helvetica, sans-serif">SINOPSE: Val e suas amigas Laura, Duda e Saori moram </span><span face="arial, helvetica, sans-serif">com suas famílias</span><span face="arial, helvetica, sans-serif"> em Pendle, uma pequena cidade conhecida por amar o Halloween. Quando um espelho é quebrado e um jovem misterioso aparece na cidade, as quatro meninas vão descobrir que fazem parte de um misterioso mundo e que uma força maligna está prestes a retornar para dominar o lugar.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><font face="arial, helvetica, sans-serif"><a href="https://www.amazon.com.br/cidade-do-Halloween-Carol-Vasconcelos-ebook/dp/B088T1PNJM/ref=sr_1_2?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=carol+vasconcelos&qid=1593662957&sr=8-2" target="_blank">CLIQUE AQUI</a> PARA O EBOOK GRATUITO PELO KINDLE UNLIMITED.</font></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-52633507875904196452019-08-22T20:31:00.001-07:002020-07-01T21:17:58.603-07:00Degustação A HISTÓRIA DE LILITH<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-lU8Ev7-5y7Q/XVguypj89HI/AAAAAAAAgTs/6cXMyOA7v2gLGtxBKA_KSgSgsLcVXSvEACLcBGAs/s1600/A%2Bhist%25C3%25B3ria%2Bde%2BLilith%2Bcapa%2B1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1003" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-lU8Ev7-5y7Q/XVguypj89HI/AAAAAAAAgTs/6cXMyOA7v2gLGtxBKA_KSgSgsLcVXSvEACLcBGAs/s320/A%2Bhist%25C3%25B3ria%2Bde%2BLilith%2Bcapa%2B1.jpg" width="200" /></a><br />
<b><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Prólogo<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Enquanto
caía daquela árvore, tantos eram os pensamentos em sua cabeça que ela nem
sequer sabia dizer se sentia medo do que aconteceria quando seu corpo
encontrasse o chão. Nem mesmo teve tempo para pensar sobre o medo, pois, antes
que pudesse atingir o chão, algo a segurou. Era uma força invisível que a fez
descer suavemente até pisar na grama baixa e orvalhada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span></b><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Sem entender o que
estava acontecendo, ela olhou para a os lados buscando qualquer informação que
fosse para explicar aquela situação. Contudo, não obteve sucesso. E tomou um
susto quando a maçã caiu próxima aos seus pés descalços. Aquela fruta que havia
sido responsável por tudo àquilo. A fruta pela qual ela tinha escalado a árvore
e de lá despencado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Ela
olhou para cima. E lá estava uma moça jovem e sorridente, de longos cabelos
pretos, que ondulavam com o vento. Lentamente, a moça começou a descer da
árvore, parecendo estar sustentada pela mesma força invisível que a havia
aparado anteriormente. Ela olhava para a moça, maravilhada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Quando, suavemente, a moça chegou a</span><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">o
chão</span><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">,</span><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> as duas ficaram frente a
frente. Depois, abaixou-se, pegou a maçã e entregou para ela. E os olhos verdes
da moça a observaram por algum tempo. Em seguida, ela sorriu e a moça sorriu de
volta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Quem é você? – perguntou ela, segurando a
maçã que lhe havia sido entregue.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Me chamo Lilith. – a moça respondeu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Eu sou...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Sei quem você é, Eva!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Capítulo
um – Recomeço<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Vinte e cinco anos haviam se
passado desde o nascimento da Filha de Gaia, a manifestação da Deusa na Terra.
O antigo Mundo dos Humanos ainda passava por uma intensa reconstrução, mas, por
hora, tudo ia bem. Uma nova Era estava começando e, com ela, uma nova história.
E ela tem início no Castelo das Sete Eras, a morada de Lilith e seu pai,
Alexander.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Também residiam no castelo o
pássaro azul Beldof e a fada Tambelin, que haviam sido os companheiros de
Aurora, a mãe de Lilith, em sua jornada; e amigos queridos: Beijamin Klinton,
que agora não era mais professor de uma famosa universidade, mas gostava de
lembrar-se dessa época de sua vida, e Halley, filha do professor e que agora já
era adulta e auxiliava na administração do castelo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Dessa
vez, nenhuma ameaça amedrontava os habitantes de Aislin, também conhecido pelos
humanos, na época que estes habitavam o planeta, como Mundo Mágico. Nenhuma
nuvem de destruição pairava sobre a Terra. Apenas uma brisa suave soprava pelos
quatro cantos do mundo. Não havia com o que se preocupar. Tudo estava em seu
perfeito e harmonioso equilíbrio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Por enquanto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Lilith! – disse uma voz suave e baixa, de
alguém tão pequena como a palma de uma mão. – Podemos ir até a Ponte do Duende
hoje? Nós podíamos colher algumas flores para ornamentar a mesa do almoço.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Uhum... – disse Lilith, que estava sentada
na janela do seu quarto, fixando no horizonte seus olhos azuis cristalinos por
trás dos enormes cílios pretos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A moça era bela. Tinha
longos cabelos negros, que quase tocavam o chão quando estava sentada nele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Lilith! – chamou a fada. O tempo passa
diferente para os imortais. Assim, Tambelin ainda era muito jovem e aparentava
não ter envelhecido quase nada nos anos que se passaram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A fada conhecia Lilith desde
que a moça havia nascido. As duas tinham uma ligação muito forte de amizade,
parecida com a que Tambelin tinha com Aurora. Aliás, Lilith era muito parecida
com a mãe, o que fazia a fada sempre lembrar-se dela. Quando estava com
Tambelin, a moça sentia-se mais perto da mãe, já que Aurora e a fada haviam
sido melhores amigas por muito tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Você me ouviu?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- O que? – disse Lilith saindo de seus
devaneios. – Me desculpe, Tambelin. O que foi mesmo que você disse?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Estava te chamando pra ir à Ponte do Duende
hoje! – falou a fada, voando até a mão estendida de Lilith.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Claro, podemos ir! – falou a moça, pouco
animada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- O que aconteceu? – quis saber a fada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Nada. É que... – começou Lilith. – Você não
está achando a atmosfera um pouco pesada? Como se algo estivesse para
acontecer? – Antes que Tambelin pudesse responder, a porta do quarto foi
aberta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Lilith! – disse Alexander. O pai da moça
tinha uma aparência cansada e triste, que nada lembrava o rapaz Alex de vinte e
cinco anos atrás. Seus olhos estavam sem vida, sua barba mal feita e seu cabelo
despenteado e opaco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Bom dia, pai! – falou a moça, indo ao
encontro do pai para um abraço carinhoso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Bom dia, meu amor! – disse Alexander,
beijando a testa da filha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- O senhor já tomou café? – perguntou Lilith.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Ainda não!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Podemos fazer isso juntos! O que acha?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Uma ótima ideia! – respondeu Alex. – Quer
vir também, Tambelin?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Fica pra próxima! – disse a fada. – Acho
que vocês precisam de um momento pai e filha! – Lilith sorriu. Tambelin saiu do
quarto voando pela janela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Vou preparar uma cesta com tudo o que
gostamos! – disse Lilith. – Me encontre no jardim em vinte minutos!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Os
momentos pai e filha eram constates quando Lilith era pequena. E Alex sempre a
acompanhava em todos os seus afazeres. Contudo, à medida que a filha foi
crescendo, ele não viu mais necessidade de estar tão próximo e os dois acabaram
se afastando porque Lilith viajava muito pelo Mundo Mágico devido aos seus
compromissos enquanto filha de Gaia. Porém, mesmos tendo poucos momentos
juntos, os dois aproveitavam cada segundo da presença do outro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Lilith
era muito apegada ao pai e ele à filha. Quando não estavam juntos, sentiam
muito a falta um do outro. Quando juntos, dava para sentir o carinho, o amor e
a cumplicidade dos dois. Lilith cresceu conhecendo sua história e seu destino.
Foi preparada para isso desde que nasceu e cresceu ouvindo a história de sua
mãe. Sim, Lilith sentia falta de ter uma mãe, mas isso não era o mais lhe
incomodava, pois ela tinha o melhor pai de todos. Ela sentia-se triste por ver
o sofrimento de seu pai pela morte prematura da esposa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Alex
nunca quis se envolver com outra mulher depois da morte de Aurora. E não pense
que não houve interessadas. Nas grandes comemorações do Mundo Mágico, o Castelo
das Sete Eras se enchia de gente. Havia todo tipo de ser que habitava Aislin,
mas ele nunca olhou para ninguém. Lilith queria que seu pai se casasse de novo.
Queria ver um sorriso que fosse em seu rosto. Queria que seu pai fosse feliz
novamente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Eu trouxe muitas coisas! – disse Lilith,
chegando ao jardim principal do castelo, onde estava seu pai, já sentado na
grama fresca de um verde claro luminoso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A moça colocou a cesta na
grama molhada pela chuva fina que caíra de manhã e sentou-se ao lado do pai.
Ela abriu a cesta e pegou uma toalha de cor creme e estendeu-a sob a grama.
Depois começou a tirar as coisas de dentro da cesta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Temos biscoitos de leite e mel, pão doce,
queijo, suco de uva, amoras, maçãs... – disse Lilith.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Tínhamos que ter maçãs. – disse Alex,
sorrindo para a filha. Ela ficou feliz com aquilo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- São minhas frutas preferidas. – falou a
moça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Filha... – disse Alex servindo-se do suco e
pegando um pão doce. – Você receberá uma visita hoje.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Mas eu estava planejando passar o dia com
você e mais tarde prometi a Tambelin que iremos à Ponte do Duende... – falou
Lilith, entristecida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Você sabe que tem obrigações, Lilith. –
disse o pai.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Eu sei. – a moça respirou fundo. - Pode me
acompanhar?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Claro que sim. Sabe que faço tudo o que me
pede...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Nem tudo... – disse Lilith olhando para
baixo. Sabia que havia tocado num ponto incômodo para seu pai.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Lilith, você sabe que não quero me casar de
novo. Quantas vezes tenho que pedir para não falar nisso?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Mas pai...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Lilith, chega. – falou Alex, sem elevar o
tom de voz, mas com autoridade de um pai e a filha baixou a cabeça. - Esse
assunto me esgota demais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Você tem passado muito tempo na biblioteca.
– disse Lilith, mudando de assunto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Foi numa biblioteca que eu e sua mãe nos
conhecemos. Era lá que ficávamos mais tempo quando crianças. Sinto-me bem no
meio dos livros... Sinto sua mãe mais perto de mim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Mas o senhor tem que sair, tomar um sol...
não pode ficar trancado para sempre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Eu sei que você só quer o melhor pra seu
pai, minha filha, mas deixe que eu faça as coisas do meu jeito, mesmo que não
seja o modo mais certo de conduzir minha vida, me sinto melhor assim...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Pai, não gosto de te ver triste pelos
cantos do castelo...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Eu não posso ser triste, eu tenho você como
filha. – Disse Alex. Lilith sorriu e abraçou o pai.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Te amo, pai.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">- Também te amo, luz
da minha vida.</span><div><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><a href="https://www.amazon.com.br/Hist%C3%B3ria-Lilith-Carol-Vasconcelos-ebook/dp/B07WJ16BL2/ref=sr_1_11?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=carol+vasconcelos&qid=1593662957&sr=8-11" target="_blank">COMPRE</a> A HISTÓRIA DE LILITH!</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-52307996393391104412019-08-21T11:31:00.001-07:002020-07-01T21:15:22.112-07:00Degustação A ILHA DA CAVEIRA<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-5PTfppcERzk/XVgvSW6JuLI/AAAAAAAAgT8/p2NKKU1I_8oNntKPt8IfLrwADkW_MDGqwCLcBGAs/s1600/CAPAILHADACAVEIRA.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1127" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-5PTfppcERzk/XVgvSW6JuLI/AAAAAAAAgT8/p2NKKU1I_8oNntKPt8IfLrwADkW_MDGqwCLcBGAs/s320/CAPAILHADACAVEIRA.jpg" width="225" /></a></div>
<b><span style="font-family: arial, sans-serif;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: arial, sans-serif;">Capítulo Primeiro – </span></b><span style="font-family: arial, sans-serif;">O <i>Dragão</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Em marcha, cinquenta
homens do reino de Além-mar seguiam enfileirados pelo vilarejo, rumo à costa.
Levavam consigo pesadas espadas de lâminas reluzentes e afiadas, apoiadas nos seus
ombros direitos. Por onde passavam eram aplaudidos pelas suas famílias e amigos.
E por garotos que sonhavam em, um dia, fazer parte do Exército Real. Mas o que
essas pessoas não sabiam era que aqueles homens que viam não eram soldados e
sim camponeses, como eles. Aqueles homens faziam parte de um plano terrível e
estavam ali caminhando para a morte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">O homem que arquitetara o
plano chamava-se Lucius. Ele era o chefe do Exército Real e o braço direito do
Rei Camillo, mas sua sede de poder era tanta que ele não queria apenas ser um Duque,
pois é o que era. Ele queria mais. Queria se apossar do Reino de Camillo. Uma
noite ele descobriu que a princesa Rachel se encontrava às escondidas com um
jovem camponês que trabalhava como jardineiro no palácio: Johnathan McGrandon.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Lucius queria ser Rei e
para isso teria que se casar com a princesa. Então, precisava dar um fim ao
camponês e tratou de arquitetar um plano para acabar com o namoro. Ele sabia
que o Rei sempre fazia tudo o que a princesa queria e, se esta desejasse se
casar com o camponês quando chegasse a idade, era isso que iria acontecer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">O Duque, então, pagou um
grupo de piratas para atacar a costa do reino de Além-mar e avisou ao Rei que
era preciso combatê-los. Conseguiu convencer Camillo a mandar apenas camponeses
sem nenhuma noção de combate para a batalha e, entre eles, John. Lucius deu
ordens bem claras aos que iam lutar: “Não voltem até que todos os piratas
tenham sido derrotados”, e aos que ficariam na retaguarda, ou seja, seus
soldados: “Nem pensem em ajudar os camponeses!”. O plano tinha tudo para dar
certo. Contudo, por um golpe do destino, algo não planejado aconteceria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Já dava para ver o mar
agora. Mais uns quinze metros e chegariam aos barcos que os levariam até um
navio ancorado, escondido perto de uma floresta conhecida como Floresta Negra.
Ninguém entrava nela por medo e superstição. Os que se aventuravam a isso, quase
nunca voltavam para contar a história.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Os barcos avançaram pelo
mar, desviando das pedras. Ainda ao longe, dava para se ver a bandeira negra
com uma caveira branca desenhada balançando com o vento. O mar estava calmo,
praticamente sem ondas. O imenso navio surgiu detrás das pedras. Ele era, até
mesmo, maior que os navios do reino. A água salgada o embalava como uma mãe faz
com seu bebê. Parecia não haver ninguém a bordo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Silêncio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Os barcos ancoraram diante
da imponência de um dragão entalhado na madeira da proa. Os camponeses jogaram
cordas e começaram a subir para o convés, tentando fazer o mínimo de barulho
possível. Quando o último pisou no navio, foi surpreendido pelos piratas, que
haviam prendido seus companheiros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Todos os cinquenta
camponeses presos por apenas treze piratas. Talvez você queira saber como foi
que os piratas fizeram isso. Simples. Primeiramente, os camponeses não tinham
uma mínima noção de combate, apenas tinham uma vontade enorme de vencer seus
inimigos e se tornarem reconhecidos como heróis em todo o Reino. Infelizmente,
isso não bastava. Os piratas, por sua vez, eram ótimos na luta. Além disso,
sabiam quando algo se aproximava deles. E isso lhes dava muitos pontos de
vantagem. Sem contar com a astúcia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Pants-Down Elmer, o pirata
que ficava de vigia, no mastro, observou a aproximação dos barcos e logo tratou
de avisar seu Capitão. Este por sua vez, mandou que toda a tripulação ficasse
quieta, para que aqueles visitantes achassem que o navio estava vazio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Escondidos em lugares
estratégicos, os piratas esperaram os camponeses subirem a bordo. E então,
capturaram um após o outro, em silêncio, amordaçando-os e os prendendo com
cordas, tomando cuidado para não fazer qualquer barulho, pois os que ainda não
estavam no navio não podiam perceber o plano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">A cena pode ser comparada
com a de quando um leopardo aproxima-se, sorrateiro, de suas presas e só se
mostra para elas e começa a correr quando já está bem perto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Estratégia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">O fator surpresa deixou os
piratas pelo menos dois passos à frente de seus oponentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Sabem quem eu sou? – disse um homem
mascarado, ao se aproximar dos prisioneiros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Fenton? – um camponês amedrontado
arriscou um palpite.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Certo! – disse o homem. Seus olhos
azuis brilharam por trás da máscara negra que cobria a parte superior do seu
rosto, até seu nariz. – Me chamo Edward Fenton. Posso saber como descobriram
que eu estaria aqui?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Duque Lucius. – disse outro
camponês. – Ele nos mandou para cá!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- E sabem o que eu farei a vocês?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Por favor, senhor, não nos mate! –
disseram alguns.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Não? E o que devo fazer a cinqüenta
homens que invadem meu navio com <i>esse</i>
intuito?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Por favor, senhor! – os camponeses
imploravam, apavorados. - Temos família!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Meu jovem. – disse Fenton, apontando
para um rapaz alto e magro amarrado junto aos outros. – O que acha que devo
fazer? Matá-los?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Não, senhor!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Exatamente a resposta que eu
esperava. Olhem bem... Se eu desse um último desejo a qualquer um de vocês
tenho certeza que pediriam para não morrer. Estou certo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Não, senhor! – disse o mesmo rapaz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Não? – espantou-se Fenton.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Não, senhor! – repetiu o garoto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Por que diz isso, garoto?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Senhor, se me concedesse um último desejo
eu pediria que não matasse esses homens e que fosse até o Reino de Além-mar e
entregasse algo à alguém.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Está falando sério garoto? – disse
Fenton, ainda mais espantado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Sim, senhor! – falou o rapaz, sério,
e Fentou o fitou por um momento. Os piratas olhavam espantados para Fenton e o
rapaz. Ninguém nunca havia respondido ao seu Capitão algo que o mesmo não
esperava ouvir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Silêncio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Marujos! – disse o pirata, ainda
atônito. – Levem nossos hóspedes aos seus aposentos no castelo de proa. Vocês
são muitos e não vão ficar devidamente confortáveis, mas é o que posso fazer!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- O que vai fazer com a gente? – disse
um camponês, ainda amedrontado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Meus caros, hoje começaremos uma
longa viagem até a Ilha da Caveira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Vai nos matar lá?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Quem aqui falou em matar? – disse
Fenton. – Bem... Na verdade eu falei. Mas era uma brincadeira. Eu deixo isso
para a Marinha Mercante ou a Marinha Real. Nós faremos uma viagem até a ilha dos
piratas. Vocês terão mais explicações amanhã. Garoto! – Fenton chamou o jovem
por quem simpatizara. – Estava falando realmente sério sobre seu desejo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Sim, senhor!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Mas se desejasse não morrer você
mesmo poderia levar o presente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Talvez não fosse a melhor coisa a
fazer!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Como se chama, garoto?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- John. </span><span lang="" style="font-family: arial, sans-serif; mso-ansi-language: EN-US;">Johnathan
McGrandon, senhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="" style="font-family: arial, sans-serif; mso-ansi-language: EN-US;">-
Bem... Johnathan. </span><span style="font-family: arial, sans-serif;">É
melhor ir descansar como os outros. Quero meus novos marujos bem dispostos para
amanhã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Sim, senhor! – disse John, sorrindo,
e deixou o convés.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: arial, sans-serif;"> </span></b><span style="font-family: arial, sans-serif;">A tarde foi se tornando noite. John olhou para o leme e
viu Fenton. Ele estava sempre lá quando o sol se punha. Gostava de passar a
noite navegando. Com os pés separados e as mãos nas malaguetas, ele manejava o
timão com tanta facilidade que parecia fazer parte do navio. E o único
pensamento de John foi de que Fenton havia nascido para navegar uma embarcação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;"> Os ventos estavam soprando mais
forte, guinando o <i>Dragão</i>. John olhou
para a sombra do pirata se inclinando e seu braço movendo o timão, enquanto o
navio serpenteava no meio das ondas. O <i>Dragão</i> se inclinou por causa de
uma lufada de vento. O timão girou, os braços do condutor se curvaram como uma
manivela e, com isso, o navio se estabilizou. Parecia que Fenton <i>era </i>a embarcação. Seu olhar desceu a
barlavento da vela mestra. Ele desceu do leme e aproximou-se de John, que
segurava um anel em suas mãos, sentando-se ao seu lado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Já esteve nas Índias,
garoto?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Não. – John respondeu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Mas já esteve no mar. –
disse Fenton e o <i>Dragão</i> balançou em
meio às ondas. – Dá para ver <st1:personname productid="em voc↑... O" w:st="on">em
você... O</st1:personname> mar corre no seu sangue.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Já estive no
mediterrâneo e uma vez atravessei o canal com o meu pai quando ele trabalhava
para uma companhia de navegação, isso é tudo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">-Foi mais longe do que
muita gente. – falou o pirata como se relembrasse de uma cena engraçada. - Ora,
já vi uma grande quantidade de homens atravessando poças no meio da rua e olhando
para trás, a fim de ver a viagem que haviam feito. – Fenton parou de falar por
um instante - Já a conhece há muito tempo? A dona do anel?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- A conheci quando era
garoto e...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Ora, você ainda é um
garoto!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Quando eu era mais novo,
então. Fui trabalhar no castelo onde ela é princesa e nos apaixonamos. Mas
desde a primeira vez que a vi senti que já a conhecia de toda a minha vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- E então teve de lutar
contra nós e não deu o anel.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Exatamente. Quando me
lembrei do anel já era tarde. Estávamos muito longe do castelo para voltar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Posso perguntar onde o
conseguiu?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Era do meu avô. Ele me
deu antes de morrer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;"> Fenton virou-se para as velas. Então
levantou-se e fez um gesto para que John o acompanhasse. Ele foi até um cesto
de palha, que estava ao lado do mastro, e pegou duas espadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Já empunhou uma espada? – disse o
pirata. As duas espadas eram bem parecidas, exceto pelas empunhaduras: Em uma
delas havia uma caveira e ossos cruzados. A outra tinha listras douradas em
horizontal na parte superior.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Só quando fomos lutar contra vocês
na costa do reino. E mesmo assim nem cheguei a usar uma de verdade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Mas você é apenas um garoto! Aprende
rápido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Preciso aprender a duelar com
espadas para viver na Ilha da Caveira?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Digamos que precisa aprender a
duelar para ser um pirata!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Eu serei um pirata? – falou John com
uma ponta de excitação. - Navegarei com o senhor?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Ora, garoto! Só os piratas vivem na
ilha. – disse Fenton, jogando uma das espadas para John. – Agora eu vou
atacar-lhe e você vai tentar se defender.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Mas eu não sei... – começou John,
mas antes que pudesse terminar sua frase, Fenton cortou o ar com a espada e foi
em sua direção. O pirata parou o golpe com poucos centímetros acima da cabeça
do garoto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Tente apenas se defender, está bem?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Senhor... Eu não tenho a mínima
idéia de como se usa isso!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Sei que não. Apenas tente se
defender.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;"> Fenton novamente atacou John com sua
espada, mas, dessa vez, o garoto conseguiu se defender e as espadas produziram
um som forte e agudo. Elas deslizaram uma sobre a outra e as lâminas soaram
como se estivessem sendo amoladas. John tinha os movimentos elegantes e os reflexos
rápidos, logo aprenderia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Novamente Fenton atacou o
garoto e este pulou para trás, pondo a espada em horizontal, próxima ao seu
rosto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Não aproxime tanto assim do rosto,
garoto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Sim, senhor!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;"> Não demorou muito até que John
aprendesse a duelar. E rapidamente ficou quase tão bom quanto Fenton. Viver com
os piratas, ajudar a navegar eram experiências que ele nunca sonharia em ter um
dia. Ele aprendeu sobre a navegação e como era fantástica a vida no mar. No
começo enjoara um pouco com todo aquele balanço do navio, mas havia se
acostumado depois de uma semana à bordo do <i>Dragão.</i>
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">A Ilha da Caveira, para
onde estavam indo, era uma ilha de porte médio, à sudoeste de Port Royal.
Fenton havia mostrado um mapa aos camponeses onde estava traçada toda a rota do
navio em linhas pontilhadas. Pegando carona com os ventos alísios, navegariam
para o oeste, passando ao lado de Hispaniola e Port Royal até chegarem à ilha
dos piratas. Ficariam sempre perto da costa para evitar conflito com ingleses,
que viviam circulando pelo Mar do Caribe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;"> John e Fenton se tornaram grandes
amigos rapidamente. Para o pirata, o camponês era o filho que nunca tivera e
para John, Fenton era como um segundo pai. John estava deitado em seu leito
quando ouviu o som de uma garrafa se quebrando, junto à gargalhadas e uma
música animada que tocava quase todas as noites no navio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Sempre que podiam, os
piratas faziam uma de suas festas e o que mais havia no <i>Dragão </i>era uma bebida de tom amarelado chamada rum. John nunca
bebera na vida. Nem se quer participava das festas. As noites que não tinha que
ficar de vigia, ficava deitado em seu leito pensando <st1:personname productid="em Rachel. Ser£" w:st="on">em Rachel. Será</st1:personname> que
algum dia voltaria ao Reino e poderia revê-la?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;"> Outra garrafa quebrou-se no convés.
John levantou-se, andou até a porta e saiu de seu leito. Deixou o castelo de
proa em direção ao convés. O barulho das vozes dos piratas aumentou em dez
vezes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- John! – gritou Fenton, pegando uma
garrafa com o tal do rum. – Venha até aqui, garoto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Por que nunca vem às festas, filho?
– disse um camponês, que há muito já havia virado um pirata.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Não sei! Fico pensando um pouco... –
começou John.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Pensando em mulher, eu aposto! –
disse um pirata barbudo, segurando outra garrafa de rum, a quem todos chamavam
de Darius Candlemaster. - Esse é o remédio perfeito para você, garoto!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Já bebeu rum, Johnathan? – perguntou
Fenton.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Não, senhor. Nem bebida alguma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Vejam só! – disse um camponês, que
parecia estar mais pra lá do que pra cá. – O garoto não sabe aproveitar a vida!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Tome um pouco, John. – disse Fenton,
despejando o conteúdo da garrafa numa caneca. – Vire tudo de uma só vez!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;"> O
rapaz pegou, inseguro, a caneca de um liquido amarelo-escuro. Ele encarou o rum
por um segundo, o cheiro do álcool adentrava suas narinas, fazendo-as arder um
pouco. Suspendeu a caneca e virou todo o conteúdo em sua boca. Um doce prazer
desceu queimando em sua garganta até o peito. Uma ardência invadiu sua boca e
tomou conta de sua língua, fazendo-a formigar. Sua cabeça parecia ter explodido
em mil pedaços quando ele voltou a si. Seus olhos lacrimejaram e sua respiração
acelerou um pouco. Ele olhou os piratas, e depois para o mastro. Tudo rodava.
Então ele caiu sentado em uma cadeira. Todos olhavam para ele. Ou pelo menos <i>parecia</i> que olhavam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- E então? – perguntou Fenton. – O que
achou?<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt;">- Eu posso beber um pouco mais para responder? – disse
John, rindo. As gargalhadas de piratas felizes ecoaram pelos oceanos.</span><div><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><a href="https://www.amazon.com.br/Ilha-Caveira-Carol-Vasconcelos-ebook/dp/B07VY5QZ1P/ref=sr_1_4?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=carol+vasconcelos&qid=1593662957&sr=8-4" target="_blank">COMPRE</a> A ILHA DA CAVEIRA!</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-87256099473578006272019-08-17T20:02:00.001-07:002020-07-01T21:16:47.849-07:00Degustação A FILHA DE GAIA<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-ub0calfcvMY/XVgvEfs0B3I/AAAAAAAAgT4/f-mmz5WujnUbGWqJvMdUw6EaxcKpKUgDQCLcBGAs/s1600/A%2BFilha%2Bde%2BGaia%2B%252832%2529%2Bcapa%2Bfinal.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1003" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-ub0calfcvMY/XVgvEfs0B3I/AAAAAAAAgT4/f-mmz5WujnUbGWqJvMdUw6EaxcKpKUgDQCLcBGAs/s320/A%2BFilha%2Bde%2BGaia%2B%252832%2529%2Bcapa%2Bfinal.jpg" width="200" /></a></div>
<b><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Prólogo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "agency fb", sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 150%;">TUVALUN<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "agency fb", sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 150%;">BIBLIOTECA
DO TEMPLO DE HEMERA<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "agency fb", sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 150%;">7ª APA.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "agency fb", sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 150%;">Documento
nº 3807<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: arial, sans-serif; mso-bidi-font-weight: bold;">Carta aos humanos:<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: arial, sans-serif; mso-bidi-font-weight: bold;"> Normalmente
se chama de fantasia aquilo que os seres humanos veem, ouvem e sentem nos
primeiros anos de suas vidas e que não pode ser explicado pelas leis do mundo
humano. </span></i><i><span style="font-family: arial, sans-serif;">Mas será mesmo? Os anos passam e a
ignorância toma conta da mente, que perde a sua pureza e aprende aquilo que a
sociedade lhe impõe. É perdida, então, a capacidade do contato com o fantástico
mundo das fadas. Mas os seres que nele vivem continuam a coexistir com os
humanos e o seu espaço físico.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: arial, sans-serif; mso-bidi-font-weight: bold;"> Desde
crianças vocês ouvem falar de nós, mas, à medida que crescem, aos poucos, vão
se esquecendo. Crianças humanas são tão puras que, pra elas, não é difícil nos
ver. Infelizmente uma criança não é criança para sempre. Elas crescem e viram
adultos ocupados. Frios. Apressados. Corrompidos. Apenas o que interessa são os
bens materiais. Os sentimentos são esquecidos e então as pessoas ficam cada vez
mais longe umas das outras. Suas únicas preocupações são com suas vidas vazias
e seu precioso dinheiro. E isso acontece por um só motivo: os adultos não sabem
como acreditar. Quando vão ficando mais velhos e a infância sobe à tona, nós
somos lembrados. Mas falar de magia parece ser algo proibido entre os humanos.
Para vocês, somos apenas fruto da imaginação de crianças criativas ou de velhos
esclerosados.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: arial, sans-serif; mso-bidi-font-weight: bold;"> Os
humanos se esqueceram que um dia já viveram entre nós. Agora, eles destroem as
florestas e alguns de nós estamos desaparecendo rápido demais por isso. Já
outros, estão tendo de adentrar em um mundo que não é nosso. Um mundo novo e
desconhecido. Um mundo de guerras, tristeza, ódio e ganância. Estávamos até
hoje escondidos nas brumas, mas agora vemos que é hora de voltar, pois somos
criaturas de luz e voltamos para trazer o que falta a vocês. Somos seres da
terra, do fogo, do ar e da água. Somos seres protetores.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: arial, sans-serif; mso-bidi-font-weight: bold;">Observe o mundo ao seu redor. As pessoas que cercam
você são de fato humanos? Como pode ter tanta certeza assim? De onde você veio?
O que sabe realmente sobre a sua espécie? Eu disse realmente. Não o que se vê
em livros. Afinal eles foram escritos por vocês e vocês colocam neles o que
quiserem. Por que tantos humanos acham que existe uma verdade absoluta? Nada é
absoluto. E talvez nada seja real também. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: arial, sans-serif; mso-bidi-font-weight: bold;">Mesmo que não procure a magia, a magia pode estar
vindo procurar você.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<i><span style="font-family: arial, sans-serif; mso-bidi-font-weight: bold;">
<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;">
<i><span style="font-family: arial, sans-serif; mso-bidi-font-weight: bold;">Ellyllon</span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><span style="font-family: arial, sans-serif;"> </span></b><b><span style="font-family: arial, sans-serif;"> </span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><span style="font-family: arial, sans-serif;">Capítulo
Um – Adoção<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Em uma madrugada quente de
verão, uma criança de três anos é encontrada na porta de um orfanato, na
Califórnia. Um clarão, indicando que a manhã se aproximava, iluminou o céu no
momento em que Dorotéia, uma freira do orfanato, segurou a criança nos braços. Então,
a freira decidiu dar à menina o nome de Aurora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Sete anos se passaram
desde aquele dia. A Amazônia, que no ano de 2028 havia sido declarada como
propriedade mundial, tornou-se propriedade dos Estados Unidos da América dois
anos depois. As florestas estavam quase que totalmente desmatadas e os oceanos,
poluídos. Ondas gigantes, juntamente com o aumento do nível do mar ocasionado
pelo derretimento das geleiras, devastavam o litoral de todo o mundo. Tempestades
de areia, terremotos, queimadas e tornados aconteciam frequentemente. O planeta
não parava de esquentar. Muitos animais haviam sido extintos. O mundo estava entrando em colapso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Além disso, as pessoas
exigiam mudanças, soluções para inúmeros problemas e pressionavam cada vez mais
os governantes. Em resposta, os governos tornavam-se repressores. Em tempos
assim, acho que todos sabem o que acontece: ditadura, uma forma de governo em
que o cruel se torna facilmente sinônimo de eficaz e o diferente passa a ter o
mesmo significado que perigoso. A ditadura tornou-se mundial. As rebeliões e os
protestos eram silenciados e seus líderes sumiam “misteriosamente”. O medo
pairava sobre as ruas. Mas essas notícias não chegavam até as crianças. Muito
menos até as crianças de um orfanato.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;"> Aurora
crescia nesse mundo, mas sem saber nada sobre ele. Criada em um orfanato regido
por uma religião rigorosa e com uma educação ultrapassada (onde a religião e os
governantes é que decidiam o que devia ou não ser ensinado), ela não sabia
sequer que existia um presidente para cada país. Mas ela queria saber mais.
Queria conhecer outras pessoas, outros países, outros mundos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Ela se sentia diferente de
todas aquelas crianças com quem convivia. E todos faziam questão de que ela
nunca esquecesse o quão diferente era. Além disso, Aurora via coisas que outras
crianças não podiam ver e isso já tinha lhe gerado muitas idas ao Sufoco (um
armário muito apertado onde as crianças desobedientes tinham de ficar por horas).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Mas Aurora não deixava de
ver. Eram pequenas criaturinhas que brincavam com a menina. E até a tiravam do
Sufoco algumas vezes. Contudo, ninguém acreditava nela. Nem mesmo o único amigo
que ela tinha em todo o orfanato: Alex. O garoto não fazia piada com isso, como
os outros internos, mas sempre achou que Aurora tinha “a criatividade aflorada
demais para uma criança de nove anos”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Ei, esquisita! – Bárbara falou,
entrando no quarto. Seus cabelos loiros e ondulados balançavam quando ela
andava. – Não andou mais vendo aquelas coisas não é? – Aurora não respondeu,
apenas baixou a cabeça. – Já é muito ruim ter que dividir o quarto com você,
não piore tudo dizendo que vê insetos parecidos com pessoas na janela. – Aurora
continuou calada. – Sabe o que ouvi dizer? Que a diretora chamou um médico de
louco pra ver você e se Deus quiser, ele vai te levar pra um hospício e eu vou
ter o quarto só pra mim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Como você é má, Bárbara! – foi a
única coisa que Aurora consegui dizer. E saiu do quarto, chorando.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;"> Bárbara
era uma criança muito cruel. Ela detestava Aurora sem motivo algum. Aliás, para
ela, o quarto era um motivo. Ela odiava ter de dividir seu espaço com Aurora.
Para a menina, também era muito difícil ficar no mesmo quarto que Bárbara.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;"> E
o pior era que o único amigo de Aurora em todo o orfanato ia embora em dois dias.
Na semana anterior, um casal não muito jovem foi até o orfanato procurando uma
criança, um menino na verdade, para adoção. E eles adoraram Alex. Mas também,
quem não adoraria? Alex era muito gentil, esperto e educado. Talvez a melhor
criança que o orfanato tinha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;"> E
agora, Alex ia embora. Aurora não teria mais com quem conversar, nem quem a
defendesse quando falassem coisas ruins sobre ela. Ele não acreditava quando
Aurora lhe falava das criaturas que via, mas a menina não o culpava. Ela sabia
que, além dela, ninguém mais via aquelas pequenas coisinhas. Contudo, Alex era
a única pessoa que Aurora conhecia que não ria dela ou dizia que ela estava
louca. E ela era muito grata por isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Oi! – disse Alex. O menino tinha um
rosto meigo e doce. E estava feliz em ver Aurora. Seus olhos azuis brilhavam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Oi! – a menina respondeu. Aurora
também estava feliz em ver seu amigo, mas estava um pouco triste, pois aquela
podia ser a última vez que via Alex. – Animado com a adoção?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Um pouco... – disse o menino. – Bem,
na verdade, estou com um pouco de medo... Não sei se vou me acostumar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Ah, Claro que vai! – Aurora falou. –
Eu é que não vou me acostumar a ficar sozinha aqui.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Você vai ser adotada em breve. Eu
tenho certeza! Quem não quer ter uma filha como você? – disse Alex e Aurora
sorriu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Bem, o caso é que você irá embora em
breve e eu ficarei aqui esperando que alguém venha me buscar. – disse a menina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Ainda anda tendo aqueles sonhos? – o
garoto perguntou, tentando mudar o assunto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Sim. – Aurora respondeu sem muito
entusiasmo. – Mas preferia não ter. É angustiante sentir que há alguém
esperando por mim, precisando de mim, sem que eu saiba quem é.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Será que a moça que você vê em seus
sonhos é sua mãe? – Alex perguntou, com receio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Não sei. – Aurora pareceu um pouco
triste. – De fato, ela se parece um pouco comigo. Mas ultimamente não é só com
ela que eu ando sonhando...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- E com o que mais?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Sabe aquelas criaturas que eu vejo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Ham... Sei. – disse Alex.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;"> Aurora
sabia que ele não acreditava nas tais criaturas, mas ele não ia dizer nada para
magoá-la. Então, resolveu continuar. Ela precisava falar. E aquele seria,
talvez, seu ultimo momento com o amigo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Agora, eu sonho com elas. Faz alguns
dias que não aparecem mais para mim. Achei que finalmente tinham me deixado em
paz. Mas uma noite, apareceram no meu sonho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- E como era esse sonho?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Não sei direito. – Aurora falou,
tentando lembrar o sonho. – Era um lugar muito ensolarado e colorido... Tinha
muita gente, mas ninguém que eu conheço. E tinha as criaturinhas que eu sempre
vejo. Elas pulavam por toda parte. Mas aí tudo começou a ficar <i>distante</i>. Era como se um véu tivesse
sido colocado entre mim e aquelas pessoas. E então eu acordei. Eu senti como
se... algo faltasse em mim. Acho que senti <i>saudade</i>
do sonho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Que estranho!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Muito. – disse Aurora. E então
voltou a se entristecer. - Será muito ruim ficar sozinha. Sem ter com quem
conversar...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Eu nunca te deixarei sozinha. – Alex
falou. O rosto sério. – Estarei sempre com você, onde estiver.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">- Nunca vou te esquecer. – disse
Aurora. E ele a beijou na bochecha. Ela sorriu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;"> Outra
manhã se levantou. E estava escura como sempre. Os raios de sol mais
persistentes conseguiam, com dificuldade, penetrar a nuvem espessa de fumaça. As
pessoas que andavam nas ruas da cidade usavam máscaras brancas cobrindo o nariz
e a boca e vestiam roupas pesadas e escuras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;"> O
orfanato onde Aurora morava era composto por dois andares e o térreo. No
primeiro andar, ficavam os quartos dos meninos. No segundo, encontravam-se os
quartos das meninas e das freiras. No térreo havia a biblioteca, a sala da
diretora, a cozinha, o refeitório e as salas de aula.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Os quartos eram pequenos e
divididos em um para cada duas crianças. O refeitório era amplo e havia apenas duas
mesas com grandes bancos de madeira ao redor. Nem Aurora nem nenhuma outra
criança fora na cozinha algum dia. A única coisa que conseguiam ver daquele
local era uma parte da pia de lavar louças, que estava sempre abarrotada,
quando uma das cozinheiras abria a porta para servir as refeições.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">A biblioteca era o lugar
que Aurora mais gostava. Havia estantes e mais estantes recheadas de livros que
a menina podia ler até se passasse o resto de sua vida presa ali. Era lá que
Aurora passava a maior parte de seu de seu tempo livre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Os horários no orfanato,
assim como suas regras, eram seguidos rigidamente. As aulas tomavam a maior
parte do dia. Começavam sempre às 9 horas da manhã, logo após o café, que era
servido às 8 horas. Depois havia o almoço, às 12 horas e as aulas recomeçavam
às 13 horas e iam até às 16 horas. O toque de recolher era às 20 horas, após o
jantar, que era servido às 19 horas. Então, entre as aulas da tarde e a hora de
dormir, Aurora tinha um tempo para conversar com seu amigo, Alex, ou ler um
pouco na biblioteca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Contudo, as conversas com
Alex não eram muito fáceis, pois meninas e meninos não podiam ficar numa
proximidade considerada perigosa pelas freiras. Então, eles combinavam lugares
onde poderiam conversar sem serem incomodados. A biblioteca era um deles. Lá, entre
duas estantes, os dois passavam horas até ouvirem a sineta indicando que a hora
de dormir chegara.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;"> E
era sempre a mesma coisa. Quando a sineta indicando que a hora de se recolher
chegava, Aurora e Bárbara se acomodavam em suas camas para esperar a freira
passar pelo quarto e conferir se as duas estavam lá. Cerca de quinze minutos
depois, duas das amigas de Bárbara vinham sorrateiras pelo corredor e davam
três batidas na porta. Então, ela abria e as três ficavam conversando até altas
horas da noite. Isso era muito ruim para Aurora, pois com o barulho ela não
conseguia dormir e ficava com sono durante as aulas. Mas naquele dia, Aurora
estava tão cansada e com tanto sono que nem o barulho da conversa de Bárbara e
suas amigas a incomodou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;"> Um
novo mundo se mostrou para Aurora. Era claro e bonito, nem um pouco parecido
com o que ela vivia. As pessoas acenavam para ela. E ela acenava de volta.
Sentia-se bem ali. Criaturas aladas voavam com o vento. Ao longe, Aurora viu um
castelo. Ela sabia que era para lá que iria. Sua casa. Aurora andava por entre
as flores e brincava com as pequenas criaturas aladas. Uma música começou a
tocar. Uma música que ela conhecia, mas apenas de seus sonhos. Então, ela viu
um bebê. Um pequeno ser que a olhava. Era uma menina. Devia ter uns dois anos
de idade. Era linda. Parecia um raio de sol. Ela olhava para Aurora, sorria
para ela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;"> A
pequena criança segurou sua mão e a guiou pelo jardim florido. Depois, soltou a
mão de Aurora e correu, desaparecendo entre os arbustos verdes. Aurora correu
atrás dela. Então, parou em frente a um grande espelho. Foi aí que viu a
criança novamente. A menininha estava dentro do espelho, no mundo em que Aurora
vivia, onde tudo era cinza. Mas tudo estava diferente agora. Parecia <i>destruído</i>. Não havia pessoas nas ruas.
Aliás, parecia que não havia ninguém ali há muito tempo. Aurora se aproximou do
espelho e a criança a viu. Ela apontou para Aurora, que não entendeu o gesto.
Contudo, levou apenas cinco segundos para que Aurora compreendesse que não era
para ela que a criança apontava, mas para o que estava atrás dela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Aurora virou-se. O mundo
onde estava, tão ensolarado e colorido, parecia completamente destruído. Uma
lágrima rolou pelo rosto da criança e o mesmo aconteceu do outro lado do
espelho, com Aurora. No quarto, sem que ninguém percebesse, pois Bárbara já
dormia um sono profundo e suas amigas já haviam ido para seus quartos, Aurora
levitava a dois palmos de sua cama.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Mais uma manhã despertou.
Era sábado. Aurora olhava a rua pela janela de seu quarto. Flocos de neve começaram
a cair do céu. Algum tempo se passou até que a luz amarelada do farol de um
carro apontasse na esquina da rua. Ele se aproximou do orfanato. Era um carro
grande e azul e Aurora logo soube do que se tratava. Um homem vestido de terno
preto desceu do carro e abriu a porta de trás. Outro homem, que vestia um
sobretudo marrom saiu do carro e ajudou uma moça, de seus 30 anos, muito bonita
e bem vestida. Os dois dirigiram-se à entrada do orfanato, enquanto o motorista
entrou novamente no carro, onde ficou esperando seus patrões.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif;">Aurora deixou seu quarto e
dirigiu-se à escada. Ela viu o senhor e a moça no saguão, junto à diretora e,
para a tristeza de Aurora, Alex. Ele não vestia mais o uniforme do orfanato.
Estava de cabelo arrumado e usava uma roupa que parecia ser cara. Seus novos
pais deviam tê-la mandado para ele. Aquela seria a última vez que Aurora veria
seu melhor amigo. E nem poderia se despedir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt;">“Estarei sempre com você, onde estiver”.</span><div><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><a href="https://www.amazon.com.br/Filha-Gaia-Carolina-Vasconcelos-Lima-ebook/dp/B07WGWX4YF/ref=sr_1_6?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=carol+vasconcelos&qid=1593662957&sr=8-6" target="_blank">COMPRE</a> A FILHA DE GAIA!</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-36270911728453578942019-08-17T09:36:00.001-07:002020-07-01T21:19:09.350-07:00Degustação CONTOS DO MUNDO MÁGICO<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-YY1BXKxcMRg/XVgulcM3QHI/AAAAAAAAgTo/xTZ4ppk1F7ceAGfpo475nrADvJuFWLwbwCLcBGAs/s1600/A%2BFilha%2Bde%2BGaia%2B%252815%2529.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1003" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-YY1BXKxcMRg/XVgulcM3QHI/AAAAAAAAgTo/xTZ4ppk1F7ceAGfpo475nrADvJuFWLwbwCLcBGAs/s320/A%2BFilha%2Bde%2BGaia%2B%252815%2529.jpg" width="200" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoTitle" style="text-align: center;">
<b>POR TRÁS DA LENDA</b></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: center;">
<b>Os gnomos da floresta</b><o:p></o:p></div>
<div align="left" class="MsoTitle" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoTitle" style="text-align: left;">
<div style="text-align: center;">
- <span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">Irlanda,1923 –<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div align="left" class="MsoTitle" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoTitle" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Carina
tinha onze anos, cabelos castanhos e olhos verdes. Morava com sua mãe, Lúcia,
na capital da Irlanda. Seu pai havia morrido na primeira guerra mundial, quando
ela era ainda muito pequena. O que mais Carina gostava era de passar as férias
na casa da avó paterna, D. Sula, que ficava perto da floresta. Era uma casa
toda feita de madeira que tinha uma grande lareira na sala, onde as duas
tomavam chocolate quente nos dias frios de inverno e sua vó lhe contava várias
histórias sobre os seres da floresta. Como sempre, as férias chegaram e Carina
foi correndo para casa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O inverno chegava sorrateiro, se
embrenhando pelas florestas. A casa de D. Sula ficava no meio da mata e era
cercada por pequenos lagos que, agora, se encontravam todos congelados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ao chegar
à casa da avó, enquanto tirava as coisas do carro, Carina varreu o jardim com o
olhar e viu um homenzinho engraçado, muito pequeno para o normal, que usava um
chapéu pontudo e vermelho e estava pondo adubo nas plantas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A casa
tinha um telhado pontudo e uma chaminé ligeiramente torta. As ripas de madeira
que cobriam as paredes eram ornamentadas e as que cobriam o teto eram em forma
de losango. Dispostas dos dois lados de uma porta vermelha estavam as janelas,
com a parte de cima arredondada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>De
repente, uma cortina em uma das pequenas janelas balançou um pouco e um vulto
passou por ela. Então, subitamente como tinha se mexido, a cortina voltou ao
seu lugar e a porta da casinha abriu-se com um baque. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Minha netinha chegou! – gritou D. Sula ao abrir a porta.
Carina olhou para sua avó por um segundo e ao olhar novamente para o lugar onde
estava o homenzinho viu que ele não se encontrava mais lá. – Vamos entrando
minhas queridas!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">À medida que se encaminhava para entrar na casa, Carina
olhava para onde tinha visto o homenzinho, mas ele não voltou a aparecer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Depois
do jantar Carina foi para o quarto e ficou parada olhando pela janela. Havia
começado a chover. A chuva molhava as flores, que balançavam com o vento forte,
e chicoteava a janela de vidro do quarto da menina. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- O que foi querida? – disse D. Sula, ao adentrar o quarto.
– O que está olhando?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Estava procurando seu jardineiro!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Mas... Eu não tenho jardineiro minha querida! – disse D.
Sula. – Mas pode ser que...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- O que vovó? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Nada querida, nada!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Naquela
noite, D. Sula foi até a biblioteca e pegou um grande livro que parecia não ser
usado há muito tempo, pois estava todo empoeirado. O livro tinha uma capa de
couro e dizia em letras douradas: “Criaturas da Floresta”. Carina acordou e foi
até a cozinha para pegar um copo de água e, vendo uma luz acesa na biblioteca,
resolveu ir até lá.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Vovó, o que você está fazendo aqui?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Estou dando uma olhada nesse livro, minha querida! –
disse D. Sula oferecendo um chocolate de uma caixa de madeira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- O que diz aí vovó? – falou Carina, comendo o chocolate.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Esse livro fala sobre as criaturas mágicas que vivem na
floresta... Quando você falou que tinha visto um homenzinho no meu jardim, eu
desconfiei que pudesse ser um gnomo e vim procurar algo sobre eles no livro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- E era um gnomo vovó? – disse Carina curiosa. D. Sula fez
que sim com a cabeça. – E o que diz aí sobre eles?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Aqui diz... – D. Sula começou a ler. – Os gnomos são
seres que se dedicam à proteção das florestas. São seres elementais, espíritos
da natureza. Eles são os elementais da terra. E vivem em torno de 300 anos.
Quando um deles nasce, é plantada uma árvore que só morre se o gnomo morrer. Se
a árvore é cortada, a vida do gnomo acaba. O maior desafio dos gnomos é
enfrentar os troll. Existem vários tipos de gnomos: o gnomo da floresta, do
deserto, do jardim, da fazenda e o gnomo siberiano. Dizem que quem roubar o
chapéu de um gnomo pode controlá-lo e obrigá-lo a realizar seus desejos. Aqui,
na Irlanda, é muito comum procurar no fim do arco-íris um grande pote de ouro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>De manhã,
Carina, sua mãe e D. Sula, estavam tomando café quando a menina disse que tinha
visto o gnomo pela manhã, quando acordou. Lúcia, mãe de Carina, que botava um
pouco de café em sua xícara, parou de repente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- O que você disse? – Lúcia falou, parecendo muito
aborrecida. – Sula, eu não acredito que ainda está contando essas histórias
absurdas para Carina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Desculpe Lúcia, mas é que...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Eu espero sinceramente que não se fale em gnomos e outros
seres da floresta durante o tempo que minha filha passar aqui!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Como quiser Lúcia!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Assim espero.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Mas mãe...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Nada de mais Carina. Ou prefere ir para casa hoje mesmo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Desculpe! – disse Carina levantando-se e indo para o seu
quarto. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Depois do
café, Lúcia se despediu de sua filha e de D. Sula e voltou para sua casa, na
cidade. Carina correu até a biblioteca, pegou o livro que sua vó estava lendo
pra ela na noite passada e abriu no índice. Seus dedos longos e finos
percorreram calmamente os vários nomes de criaturas da floresta, parando em “gnomos”.
Ela foi até o segundo parágrafo e leu. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Os gnomos são trabalhadores e prestativos. Seus tesouros,
ao contrário do que muitos pensam, ficam escondidos em tocos de árvores e
minas, mas não é fácil achá-los. Artesãos habilidosos, os gnomos produzem
lindas jóias de metais preciosos brutos e as guardam muito bem ou as dão para
pessoas realmente especiais que mereçam sua gratidão por algum motivo. – Carina
continuava lendo sobre os gnomos e não percebeu que uma pequena luz cor de rosa
havia aberto a janela e entrado na biblioteca. A luzinha pousou no livro e deu
um susto em Carina. – Quem é você? <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O que
é você?</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Eu sou uma fada. Não dá pra notar? – disse a fada, suas
grandes asas transparentes do tipo “colibri” (sendo duas asas maiores e outras
duas menores, complementares) agora haviam parado de se mexer freneticamente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- É que eu nunca vi um ser mágico antes! – Carina falou
maravilhada, se recuperando do susto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Eu ajudo sua avó com o jardim e...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Você mora na floresta?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Bom... Tecnicamente sim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Então pode me mostrar um gnomo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Claro! Posso te levar até o centro da floresta, é onde
estão os gnomos. Mas eu quero uma coisa em troca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Ai mais essa! Era só o que me faltava, uma fada
interesseira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Ora... Não se adquire alguma coisa por nada! Vai lhe
custar uma ninharia. Você nem vai sentir falta. O que eu quero é... O seu
medalhão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Eu não posso te dar ele. É herança de família! Mas você
pode ficar... – Carina pensou um pouco - Com os meus brincos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Está bem. – Carina tirou os brincos e os deu a fadinha,
que virou-se como quem fosse embora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Mas você não vai me mostrar o gnomo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Ah é mesmo, já ia esquecendo. Que cabeça a minha não?
Bom... Mas eu tenho que te avisar que a floresta não é como todos pensam. Ela é
cheia de perigos escondidos e sombrios... – disse a fada e mudou repentinamente
de um tom assustador para um alegre e serelepe. - Meu nome é Leana e eu vou ser
sua guia nessa aventura, ai... – disse a fadinha suspirando. - Eu sempre quis
dizer isso. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O sol
nasceu calma e lindamente no horizonte. Carina acordou, tomou café e foi ao
encontro de Leana na entrada da floresta, perto de um grande carvalho iluminado
pela luz da manhã. A neblina estava fazendo suas manobras costumeiras pairando
acima da grama. Estava mais densa do que o normal porque Carina tinha saído de
casa um pouco mais cedo da hora habitual. O sol mal havia nascido e até a
poeira estava um pouco mais úmida por causa do orvalho ainda agarrado a grama.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>As duas
estavam andando por entre as altas árvores há um bom tempo quando Carina disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- De que perigos você tava falando ontem, Leana?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- De algumas criaturas da floresta! Por exemplo... – A fada
parou de falar ao ver um homenzinho com um chapéu de três pontas e um avental
de couro à frente delas. Suas roupas eram parecidas com roupas da idade
medieval. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Por acaso... – disse ele. – Vocês não querem comprar...
Botas?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Não obrigada! Não estamos interessadas. – disse Leana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Mas... Será que eu não posso fazê-las mudar de idéia?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Você não ouviu o que eu falei? – a fada falou aborrecida,
aborrecida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Se vocês comprarem uma bota eu posso mostrar o meu...
tesouro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Tesouro? – disse Carina, parecendo hipnotizada. Seus
olhos brilharam e começaram a mudar de verde para um tom avermelhado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- É melhor irmos Carina! – disse Leana, puxando o cabelo da
garota.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>As duas se
distanciaram do homenzinho, que agora pulava de raiva. Carina balançava a
cabeça como se estivesse saindo de um transe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- O que era aquilo? – perguntou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Um Leprechaun.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Um Lê... O que?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Leprechaun. É um tremendo enganador safado – disse a
fadinha com raiva. – Ele diz que tem um tesouro e hipnotiza as pessoas para que
comprem suas botas. Esse é um dos perigos da floresta. Mas o maior dos perigos
são os gremillins. Os que vivem nas cidades são mais pacíficos e não saem de
suas tocas por medo dos humanos, mas os das florestas são maus e perigosos. Com
aquelas garras afiadas... Eles vivem nas cavernas, só na espreita de alguma
presa. São até mesmo piores que os troll. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Os troll?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- São criaturas más e sem coração. Sem cérebro também. – Leana
falou, rindo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- E o que tem de bom aqui na floresta além das fadas e dos
gnomos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Os elfos! – disse a fada, feliz. – São imortais... Quer
dizer, quase. Eles morrem, mas só se forem assassinados! Os elfos do ar se
parecem bastante com os fados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- E... Algum já... – disse Carina sem jeito. Leana fez que
sim com a cabeça quando uma luz, rápida e brilhante, passou pelas duas, dando
um susto em Carina. – O que foi isso?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Um elfo! – disse Leana se derretendo. – Olá Bruce...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Oi Le! – disse ele sem parar de voar. – Tudo bem?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Melhor agora!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Quem era? – disse Carina quando o elfo se afastou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Bruce. Ele é um elfo do ar!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- E você é caidinha por ele...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- É verdade! Mas ele nem percebe que eu existo. Viu como
ele me trata?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Ah... Deve ser o jeito dele. Mas de uma coisa eu sei:
Nunca desista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Fazia um
pouco de frio quando Carina e Leana chegaram a uma parte fechada da floresta,
mas nada que não se pudesse agüentar. As árvores eram grandes e suas copas se
juntavam umas com as outras fazendo o céu sumir entre as folhas. O cheiro de
relva se misturava com o cheiro forte de incenso que vinha de dentro dos
arbustos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- É aqui!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Então vamos! – disse Carina, indo em direção aos
arbustos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Não... – disse a fada puxando uma mecha de cabelo de Carina.
– Você não pode ir lá!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Ai, o que foi? Porque eu não posso ir?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Bom... Porque eles são meio... Chatos!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Como assim?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- É que... Eles não gostam muito de humanos. Aliás... Eles
não gostam muito de ninguém. Vivem isolados, cada um com sua família e as
famílias quase nunca se falam e eles também não falam com os outros seres da
floresta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Mas então porque um deles estava cuidando do jardim da
minha avó?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Gnomos cuidam da natureza... Eles protegem as plantas e
os animais da floresta!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Leana, podemos voltar amanhã... É que já está ficando
tarde e minha avó pode ficar preocupada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Está bem. Voltaremos amanhã então... – disse a fada,
voando para perto de Carina. - Mas nada de chegar muito perto dos gnomos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="margin-left: 18pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Carina
chegou em casa, subiu as escadas correndo e se deitou. Ainda sentia o cheiro
forte de incenso, que parecia ser de canela. Estava quase dormindo quando a
porta do seu quarto abriu. Era sua avó.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Boa noite Carina! Sonhe com os anjos e não se esqueça de
dar boa noite aos duendes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Boa noite vovó!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Carina
bateu três vezes na madeira da cama e adormeceu. Pouco tempo depois, uma
intensa luz verde surgiu em baixo de sua cama e de debaixo dela, saiu um
homenzinho com um gorro pontiagudo azul. Ele subiu na cama, ajeitou o lençol de
Carina e pulou novamente para o chão. Depois, saiu pela porta entreaberta e a
lua sorridente, que antes estava escondida por entre as nuvens, voltou a
iluminar o lindo rosto de Carina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O sol nasceu
por trás das altas árvores da floresta. Carina acordou e levantou-se rapidamente.
Vestiu-se e desceu ao encontro de sua nova amiga fada. As duas andaram até
chegar perto da cidade dos gnomos. Uma música alegre e festiva ecoava pela
floresta. Carina se embrenhou pelo matagal e viu vários gnomos dançando e
cantando numa bela festa. Ela não percebeu que uma gnomida se aproximava de
onde ela estava. A gnomida teve um grande susto, mas antes que pudesse gritar,
Carina pôs a mão em sua boca e foi tirando calmamente à medida que a criaturinha
se acalmava. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Desculpe ter te assustado! – disse Carina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Não, tudo bem... Eu pensei que fosse um troll. É que eu
nunca tinha visto um ser humano antes. – disse a gnomida. – Na verdade... Eu
nunca vi nenhum outro ser da floresta a não ser os maléficos troll que vivem
tentando invadir a terra dos gnomos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Eu sou Carina e essa e a fada Leana!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Meu nome é Enya. É melhor vocês irem embora antes que as
vejam aqui!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Espere! – disse Carina. – O que está havendo? É algum tipo
de festa?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- É sim. – respondeu a gnomida. – Hoje o príncipe Amir
atinge a maioridade e se torna rei. Todos estão muito felizes porque o príncipe
é um gnomo bom e justo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- E que tipo de comida estão servindo lá? – perguntou Leana,
interessada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Muitas coisas deliciosas. – disse Enya. – Os melhores
cozinheiros gnômicos estão nessa festa e fazem comidas das mais apreciadas na
realeza.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- E não podemos entrar? – disse a fada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Desculpem, mas não! – a gnomida falou. – É melhor vocês
irem agora!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Já passava de oito da noite quando Carina
chegou <st1:personname productid="em casa. Estava" w:st="on">em casa. Estava</st1:personname>
tão cansada que logo adormeceu. Batidas baixas na janela, que quase não se dava
para ouvir, soaram docemente aos ouvidos da menina. Carina acordou e olhou pela
janela. Leana, acompanhada por Bruce, a esperava do lado de fora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Leana? O que faz aqui? – espantou-se Carina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Vim te chamar para assistir ao mais belo espetáculo da
floresta. A dança das salamandras!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Mas que salamandras? – disse Carina, sonolenta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Os elementais do fogo, ora! Elas dançam toda noite de lua
cheia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Está bem, eu já vou descer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">Carina se vestiu e desceu ao encontro dos dois.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Essa é a humana de quem eu te falei! O nome dela é
Carina. – disse a fada. - Ela estava comigo naquele dia, mas como você é muito
desligado não deve ter percebido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Eu nunca vi uma humana tão de perto. Prazer, eu sou o
Bruce!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Já ouvi falar muito de você! – disse Carina e olhou para
a fada, que corou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Então a gente vai ou não? – disse Leana, tentando mudar
de assunto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>De cima de
uma árvore, os três esperavam ansiosos para ver a dança das salamandras. Vários
casais e famílias de seres da floresta vinham assistir ao belo espetáculo que
estava para se iniciar. De repente, uma faísca saiu do chão e depois outra e
depois outra mais e logo uma linda fogueira dourada se fez presente no meio da
floresta, iluminando-a. Uma a uma, as salamandras apareciam. Eram belos
guerreiros com caldas de fogo e espadas reluzentes. Elas cruzaram as espadas e
outra salamandra surgiu no meio delas. Era diferente das suas companheiras.
Usava uma coroa de ouro e cristais preciosos e um longo manto de fogo. Era o
rei das salamandras. Era encantadora aquela dança. Elas mudavam de cores e
formas a todo instante. Um duelo foi iniciado até que elas retornaram ao chão
tão rápido como tinham surgido e a floresta escureceu novamente. Carina, Leana
e Bruce desceram da árvore onde estavam. Eles iam pegar o caminho para casa de
Carina quando Enya apareceu. Parecia estar muito assustada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Carina rápido. Estamos sendo atacados!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Atacados por quem? – disse Carina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Pelos gremillins ajudados pelos troll. Venha depressa,
você tem que nos ajudar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Eu vou chamar os elfos e as fadas! – disse Bruce voando e
desaparecendo na floresta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ao chegar
à terra dos gnomos, Carina viu vários deles feridos no chão, mas nem sinal dos
gremillins nem dos troll, ou pelo menos nada que parecesse com as fotos que
tinha visto desses seres. Bruce chegou acompanhado por várias fadas e elfos que
ajudaram os gnomos. Carina olhou para todos os lados, mas não viu nada de
errado. O medo e o sentimento de que tinha algo a observando se apoderou da
garota e a fez não conseguir raciocinar direito. Ela se distanciou, aos poucos,
da terra dos gnomos. Ia correndo entre as moitas, as folhas batiam em seu
rosto. Ela sentiu como três navalhas afiadas lhe cortando a pele. O sangue
jorrou manchando sua blusa branca. Ela caiu no chão, juntamente com seu
medalhão e viu um bando de monstrinhos sanguinários se aproximando dela. Eram
horríveis. Parecia que haviam saído de um filme de terror. Ela não sabia o que
fazer. Estava rodeada por eles, estava cansada e sem conseguir levantar. Os
gremillins vinham em sua direção vagarosamente, todos sorrindo seus sorrisos
maléficos. Sabiam que ela não tinha chance. “É o fim”, pensou. Mas, quase que
inesperadamente, uma após a outra, faíscas douradas saíram do chão formando uma
linda fogueira que rapidamente cessou com o nascer do sol. Então... Carina
desmaiou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Algum
tempo depois, Carina abriu devagar seus lindos olhos. Estava em um quarto com
paredes de madeira, como se estivesse dentro de uma árvore. Estava cercada por fadas,
elfos e gnomos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Que bom que acordou! – disse uma voz familiar. Era Leana
e parecia ter ficado ali todo o tempo. – Você está bem?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- O que aconteceu? – quis saber Carina, que ainda estava um
pouco fraca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- As salamandras tentaram te salvar, mas então o sol
apareceu bem na hora e como você sabe, aqueles monstrinhos não suportam a luz
da manhã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Como vocês conseguiram aumentar de tamanho?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Nós não aumentamos de tamanho, você é que diminuiu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Você comeu uma semente que a fez ficar assim, mas não se
preocupe. Em meia hora voltará ao seu tamanho normal. – disse um velho gnomo
que entrou no quarto. Parecia ser muito respeitado, pois todos fizeram uma
reverência quando ele entrou acompanhado de outro gnomo, mais novo e que não
falou, apenas observou a garota. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Você... É o gnomo que cuida do jardim da minha avó!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Isso mesmo! Mas saiba que não faço isso por gostar de
humanos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Eu sei... – disse Carina. E não falou mais nada em sinal
de respeito. Tinha ouvido (ou lido) em algum lugar que os gnomos gostavam
disso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Carina
logo voltou ao seu tamanho normal, como o gnomo tinha dito que aconteceria, e
retornou correndo para a casa de sua avó. Estavam parados em frente à porta
dois carros: O de sua mãe e um carro de polícia. Carina entrou rapidamente em
casa e viu sua avó, sua mãe e uma mulher desconhecida, de longos cabelos lisos
e unhas grandes fortemente pintadas de escarlate, a quem julgou ser a dona do
carro de polícia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- O que está havendo? – disse ela, fechando a porta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Carina, onde você estava? – disse sua mãe preocupada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Minha filha, você desapareceu... – disse sua avó
abraçando-a. – Fiquei aflita e chamei sua mãe e a Oficial Torres...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Essa é a garota? – disse a Oficial. – Bem... Posso ir
então!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Muito obrigada Oficial – disse D. Sula. – Vamos! A
levarei até a porta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Não precisava terem ficado tão preocupadas. Eu estava na
floresta com os gnomos e...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Na floresta... Carina o que eu lhe disse sobre... – Lúcia
parou ao olhar para o pescoço de Carina. – Onde está o seu medalhão?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Meu... Meu medalhão? – disse Carina notando que o
medalhão não estava com ela e lembrando que ele tinha ficado na floresta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Sim Carina. Onde está o medalhão que era de seu pai?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Eu acho que o perdi...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Na floresta? Vai me dizer agora que os gnomos o roubaram?
E que arranhões são esses? – Lúcia parou de repente quando a campanhia tocou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Carina
foi até a porta e a abriu. Não havia nada nem ninguém lá, apenas uma linda jóia
e um cordão amarrado a um pequeno círculo dourado.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Meu medalhão! – gritou Carina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Carina e
sua mãe estavam pondo as malas no carro com a ajuda de D. Sula quando Carina
olhou para a árvore onde tinha visto o gnomo que cuidava do jardim da sua avó e
viu, por trás de uma folha, duas pequenas luzes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span lang="" style="font-size: 12pt; font-weight: normal; mso-ansi-language: EN-US;">- Olá Leana! </span><span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">Oi Bruce! – disse ela ao chegar
perto deles. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Então... Você tem mesmo que ir? – disse a fada e Carina
fez que sim com a cabeça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- É que minha mãe acha melhor eu cuidar dos meus ferimentos
com um médico e como por aqui não tem nenhum...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Vamos sentir a sua falta – disse Bruce. – Foi muito bom
conhecer você.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Também foi bom conhecer vocês! Bem... Isso não é
exatamente uma despedida. Quero dizer... Voltarei nas próximas férias. Ah... Recebi
o medalhão, obrigada! E também pela jóia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Mas não fomos nós que devolvemos. Foi a Enya. Ela o achou
e perguntou onde você morava para devolvê-lo e em agradecimento ao que você fez
pelos gnomos, eles te mandaram uma jóia feita pelos mais habilidosos artesãos
gnômicos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Mas... Eu não fiz nada!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">- Não é o que eles acham. – disse a fada sorrindo, e se
distanciou acompanhada pelo elfo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="margin-left: 36pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Fazia uma
semana que Carina tinha chegado em sua casa. Ela estava em seu quarto quando
recebeu uma carta de sua avó. Ela abriu e começou a ler.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“<i>Minha querida neta,<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Hoje recebi uma
visita que nem eu mesma acreditei... Uma pequena fada chamada Leana veio aqui e
me entregou um convite que eu levei várias horas pra conseguir ler devido ao
tamanho muito pequeno da letra. No convite dizia que você está convidada para o
casamento dela com um elfo chamado Bruce que vai se realizar no quinto dia
depois da lua cheia deste mês e como sei que você ainda está de férias, creio
que poderá comparecer a festa. Ela também pediu para eu agradecer a você pelo
conselho de nunca desistir e que depois lhe conta como ela conseguiu essa
proeza. Ah... Outra coisa! Ela pediu para lembrar que todas as criaturas (boas)
da floresta vão estar presentes, inclusive os gnomos.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Espero que venha logo.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoTitle" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Um grande beijo da sua avó que te ama muito,<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoTitle" style="margin-left: 36pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Sula.<o:p></o:p></span></i></div>
<br /><div><br /></div><div><a href="https://www.amazon.com.br/Contos-Mundo-M%C3%A1gico-Carol-Vasconcelos-ebook/dp/B07WDTM759/ref=sr_1_12?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=carol+vasconcelos&qid=1593662957&sr=8-12" target="_blank">COMPRE</a> CONTOS DO MUNDO MÁGICO!</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-46748765200480719542019-08-05T23:01:00.001-07:002020-07-01T21:18:30.990-07:00A HISTÓRIA DE LILITH<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-sx8PQgo-UJU/XUSkHr-eFnI/AAAAAAAAgQk/Yf7c_b5c9DMbqpFRNvy04Cm8bkI2GXxowCLcBGAs/s1600/lilith.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="623" data-original-width="960" height="258" src="https://1.bp.blogspot.com/-sx8PQgo-UJU/XUSkHr-eFnI/AAAAAAAAgQk/Yf7c_b5c9DMbqpFRNvy04Cm8bkI2GXxowCLcBGAs/s400/lilith.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>A História de Lilith</b> surgiu de uma vontade de ampliar o universo que eu havia construído em <b><a href="https://escritoracarolvasconcelos.blogspot.com/2019/08/a-filha-de-gaia.html">A Filha de Gaia</a></b>. Inicialmente, logo quando eu comecei a escrever esse livro, eu havia pensado <b>A Filha de Gaia</b> como uma história fechada. De certa forma, ela é. Porém, por outro lado, há alguns ganchos que eu pensei que poderia usá-los para construir uma história que fosse uma continuação em que eu pudesse trabalhar melhor aquele mundo enorme que eu havia criado e não queria desperdiçá-lo em um livro. Inclusive, foi a partir de <b>A História de Lilith</b> que o <a href="https://escritoracarolvasconcelos.blogspot.com/p/mundo-magico.html">Mundo Mágico</a> ganhou um nome próprio e passou a se chamar Aislin.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando escrevo um livro, eu sempre o envio para <i>leitores beta</i>, que são pessoas que leem o livro antes de ele ser lançado e me dão um feedback sobre aquela história, para que eu possa ter uma visão de leitor do meu livro e, se necessário, faça alguma alteração. Inclusive, falei sobre isso em um vídeo lá no canal (clique aqui para ver o vídeo). Foi durante esse processo que eu comecei a escrever <b>A História de Lilith</b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vários dos meus leitores beta perguntaram sobre a continuação e me apontaram muitas coisas que eu poderia trabalhar em um segundo livro. E foi ai que eu entendi que, de fato, estava no caminho certo, que era uma história que tinha razões para ser contada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pensei em várias formas para trazer essa história e, então, em uma das revisões de <b>A Filha de Gaia</b>, encontrei um momento em particular que eu gostaria de trabalhar melhor. Havia uma personagem que tinha sido somente citada, mas que tinha uma história rica e pronta para ser explorada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-PTslyBQq97o/XUd0cwJWlgI/AAAAAAAAgSI/rHOsOGtMcU4Ab3lw9_WUsKhHI3mGXul0gCLcBGAs/s1600/DSC_0070.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="424" src="https://1.bp.blogspot.com/-PTslyBQq97o/XUd0cwJWlgI/AAAAAAAAgSI/rHOsOGtMcU4Ab3lw9_WUsKhHI3mGXul0gCLcBGAs/s640/DSC_0070.JPG" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://escritoracarolvasconcelos.blogspot.com/2016/01/lilith.html">Lilith</a></b> é uma personagem que existe no nosso mundo real. Na verdade não uma pessoa real, mas uma personagem, que já fez parte de várias histórias e que tem muitas nuances diferentes. Decidi, então, que era minha vez de contar a história dela, o meu jeito de vê-la, e apresentar algo totalmente diferente, mesclando o que já existe com a minha imaginação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para esse livro, como <b>Lilith</b> tem uma vertente religiosa, estudei a bíblia cristã e alguns livros que traziam representações diferentes dessa personagem. Pesquisei sobre diversas deusas pagãs que serviram de inspiração para a minha criação de <b>Lilith</b> e outros deuses que serviam como base para outros personagens.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Também decidi que, diferente de <b>A Filha de Gaia</b> que era um livro onde o externo era mais importante e a personagem principal era um instrumento para transformações externas, <b>A História de Lilith</b> seria uma viagem para dentro, uma descoberta interna da personagem. Nesse processo, inclusive, descobri que, para mim, esse tipo de história é mais difícil de escrever, mas também é muito mais reveladora.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
SINOPSE</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A História de Lilith é um romance que acompanha a história de Lilith, filha de Aurora. Essa é a continuação do livro A Filha de Gaia. A protagonista inicia uma viagem interna, tentando buscar quem ela é, ao mesmo tempo que precisa decidir sobre seu futuro e cumprir seu destino.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Ela respirou profundamente, tentando espantar aquela sensação angustiante que sentia. Todo ano era sempre a primeira vez. Mas, desta vez, seria diferente, pois seria a última".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
ACESSE A PLAYLIST DO LIVRO</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-nYqVV6ZQHes/XUd1OPp7z3I/AAAAAAAAgSQ/ItdfbU5gHfgJtArmb66HIyTd1K7y0CjZwCLcBGAs/s1600/Playlist%2BAislin.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-nYqVV6ZQHes/XUd1OPp7z3I/AAAAAAAAgSQ/ItdfbU5gHfgJtArmb66HIyTd1K7y0CjZwCLcBGAs/s1600/Playlist%2BAislin.png" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.amazon.com.br/Hist%C3%B3ria-Lilith-Carol-Vasconcelos-ebook/dp/B07WJ16BL2/ref=sr_1_11?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=carol+vasconcelos&qid=1593662957&sr=8-11" target="_blank">COMPRE</a> A HISTÓRIA DE LILITH!</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-77847593298661922812019-08-05T08:00:00.001-07:002020-07-01T21:15:50.171-07:00A ILHA DA CAVEIRA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-n03G5D-kOdk/XUc1VtCXPVI/AAAAAAAAgRw/BuagxXutWw4clEglFKAcXCGfa8TM6kMbQCLcBGAs/s1600/CAPAILHADACAVEIRA.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1127" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-n03G5D-kOdk/XUc1VtCXPVI/AAAAAAAAgRw/BuagxXutWw4clEglFKAcXCGfa8TM6kMbQCLcBGAs/s400/CAPAILHADACAVEIRA.jpg" width="281" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Na época que eu estava escrevendo <a href="https://escritoracarolvasconcelos.blogspot.com/2019/08/a-filha-de-gaia.html"><b>A Filha de Gaia</b></a>, eu tive a ideia de ampliar o universo da história do conto A princesa e o pirata (o último conto do meu primeiro livro, <a href="https://escritoracarolvasconcelos.blogspot.com/2019/08/contos-do-mundo-magico.html"><b>Contos do Mundo Mágico</b></a>). É uma das minhas histórias preferidas e achei que seria algo interessante revisitá-la.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Pra quem já leu A princesa e o pirata (não vou dar spoiler), tem um personagem que passa quatro anos longe. Resolvi, então, contar o que havia acontecido com ele durante esse tempo e aproveitar para contar a história na visão desse personagem em <b>A Ilha da Caveira</b>.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Porém, o foco que eu queria dar a este livro era algo bem diferente de tudo o que eu tinha feito até ali. Além disso, eu estava em um momento da minha carreira como escritora no qual eu havia desenvolvido meu processo de escrita. Nesse momento eu não só começava a escrever e ia aparando as arrestas e mudando a história várias vezes.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Então, eu comprei livros sobre piratas, estudei sobre as ilhas do Caribe, sobre navegações, geografia, história e tudo o que eu podia usar como base para essa história, que se passaria em uma ilha fictícia, no Caribe, e traria piratas que realmente existiram e outros apenas inspirados nesses piratas reais.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Depois disso, fiz o background da história e comecei a construir aquele que seria o meu primeiro livro de aventura que, de certa forma, me deu base para escrever <a href="https://escritoracarolvasconcelos.blogspot.com/2019/08/eterea.html"><b>Etérea</b></a>, que é um misto de fantasia e aventura.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Essa foi uma história que me desafiou em todos os sentidos. Um deles foi o fato de que eu cheguei à conclusão que eu não sabia escrever cenas de ação. Era algo que eu não tinha desenvolvido nos livros anteriores. Inclusive, depois da prática escrevendo essas cenas, eu decidi modificar algumas passagens de <b>A Filha de Gaia</b> e, além disso, incluir uma cena de batalha à esse livro.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Pode parecer que não, mas <b>A Ilha da Caveira</b> e <b>A Filha de Gaia</b> estão intimamente ligados, justamente porque foram gerados juntos.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
SINOPSE</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Johnathan McGrandon é um jovem camponês que foi mandado para um combate contra piratas que chegavam à costa do Reino de Além-Mar. Porém, tudo é parte de um terrível plano do Chefe do Exército Real para tomar o reino para si.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Piratas, tesouros escondidos, viagens em alto-mar e grandes batalhas. Aventura e emoção não faltam nessa viagem inesperada a bordo do Dragão, o maior e mais famoso navio pirata de todos os tempos, com diversas histórias ancoradas no misterioso passado de seu Capitão: Edward Fenton.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Enfrentado mares revoltos, encanto de sereias e o mais terrível e temível bucaneiro de todos os mares, John enfim chegará a mais famosa ilha dos bons piratas e descobrirá muito mais do que jamais pôde imaginar sobre sua própria história.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
ACESSE A PLAYLIST DO LIVRO</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-HaqbbYI8nEw/XUdEMWHvkLI/AAAAAAAAgR8/quUW2SYsOpcU6dZk-0DexkWWHBfUOGOqgCLcBGAs/s1600/Playlist%2BA%2BIlha%2Bda%2BCaveira.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-HaqbbYI8nEw/XUdEMWHvkLI/AAAAAAAAgR8/quUW2SYsOpcU6dZk-0DexkWWHBfUOGOqgCLcBGAs/s1600/Playlist%2BA%2BIlha%2Bda%2BCaveira.png" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<a href="https://www.amazon.com.br/Ilha-Caveira-Carol-Vasconcelos-ebook/dp/B07VY5QZ1P/ref=sr_1_4?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=carol+vasconcelos&qid=1593662957&sr=8-4" target="_blank">COMPRE</a> A ILHA DA CAVEIRA!Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-34418710194259127962019-08-04T11:25:00.001-07:002020-07-01T21:17:23.779-07:00A FILHA DE GAIA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-2jA-ap7K9E4/XUSkAXIgtoI/AAAAAAAAgQg/3ZzN5_A-nAsLjVkahGVWTAioslVtvyIpACLcBGAs/s1600/capa%2Blivro%2BCarol3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="448" data-original-width="316" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-2jA-ap7K9E4/XUSkAXIgtoI/AAAAAAAAgQg/3ZzN5_A-nAsLjVkahGVWTAioslVtvyIpACLcBGAs/s400/capa%2Blivro%2BCarol3.jpg" width="281" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Eu tinha dezoito anos quando comecei a escrever <b>A Filha de Gaia</b>. Durante uma viagem de ônibus de Natal, a cidade onde eu morava, e João Pessoa, na Paraíba, eu tive um sonho com uma menina loira de olhos azuis, que vinha avisar que a terra estava em seu limite e que nós, humanos, iríamos destruir nossa morada e precisávamos começar a fazer algo para salvar o planeta.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sonhos, pra mim, são de onde vem a maior parte das ideias para os meus livros. Foi de onde veio a ideia do título de <b><a href="https://escritoracarolvasconcelos.blogspot.com/2019/08/contos-do-mundo-magico.html">Contos do Mundo Mágico</a></b>, como eu falei na postagem anterior, e foi também de onde veio a inspiração, se é que posso chamar assim, para escrever <b>A Filha de Gaia</b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu despertei do sono, dentro do ônibus de viagem, achando que aquele sonho havia sido algo muito real. Na época, já se falava muito em aquecimento global, em uma onda gigante que devastaria as cidades costeiras e todo ano tinha uma nova previsão de fim do mundo que nunca se realizava (afinal, estamos todos aqui ainda). Acho que talvez muito disso possa ter se misturado na minha cabeça e criado esse sonho. Pelo menos é isso que o meu eu psicóloga diz.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A questão é que tive esse sonho, acordei e tirei da mochila um caderno e uma caneta, uma dupla que eu passaria a levar sempre comigo a partir daquele dia, e comecei a escrever ideias despertadas pelo sonho que vinham em turbilhão. Eram ideias soltas, mas que faziam algum sentido na minha cabeça. O nome da personagem principal, <b>Aurora</b>, foi uma das primeiras coisas que me veio. Não lembro se a menina do sonho falou seu nome em algum momento, mas, não sei porque, esse foi o primeiro nome que surgiu na minha mente quando pensei nela.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Escrevi sobre portais para outro mundo, os seres que viviam lá e sobre uma guerra que estava se formando silenciosamente entre os habitantes desse mundo e os seres humanos. Mais personagens vieram à minha mente: Um mago, três feiticeiras, uma fada e um pássaro azul. Quando cheguei em João Pessoa, comecei a criar cenários, outros personagens e pensar em como seria essa história.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-THcTypXuWvg/XUW_JUabM0I/AAAAAAAAgRM/SRtiMLnKsWQwDRDAL-HM3IGiEDglXwADgCLcBGAs/s1600/3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1060" data-original-width="1600" height="263" src="https://1.bp.blogspot.com/-THcTypXuWvg/XUW_JUabM0I/AAAAAAAAgRM/SRtiMLnKsWQwDRDAL-HM3IGiEDglXwADgCLcBGAs/s400/3.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De forma natural e sem notar o que eu estava fazendo, eu comecei a criar algo que, mais tarde, iria se tornar a primeira etapa no meu processo de construção de todos os meus livros: <b>a estrutura da história</b>. É algo que faço até hoje. Antes de começar, de fato, a escrever uma história, eu crio o <b>background</b> dela. Crio os cenários da forma mais detalhista possível (o que envolve pensar no clima, vegetação, quem vive ali, etc), os personagens (com suas características físicas e sua personalidade) e o esqueleto da história, o que vai acontecer no início, no meio e no fim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não lembro ao certo, mas levei algum tempo, talvez um ano, desse ponto de construção da estrutura até, de fato, começar a escrever o livro. E foram dois anos até o ponto final, pois ao mesmo tempo que eu escrevia <b>A Filha de Gaia</b> eu estava escrevendo meu terceiro livro: <b>A Ilha da Caveira</b>. Quando terminei de escrever <b>A Filha de Gaia</b>, foi na época do lançamento do meu primeiro livro, <b>Contos do Mundo Mágico</b>. Foi quando eu pensei em relacionar meus livros, de certa forma.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu sempre gostei de procurar referências e Easter Eggs em livros, séries e filmes e resolvi fazer isso também nos meus livros. Em <b>A Filha de Gaia</b>, o prólogo é uma carta escrita por uma personagem de <b>Contos do Mundo Mágico</b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entre o lançamento do meu primeiro e do meu segundo livro foram quatro anos. Meu terceiro livro, <b>A Ilha da Caveira</b>, era para ter sido lançado no mesmo dia, mas acabou saindo poucos dias antes. Porém, ainda o considero o terceiro, pois penso pela ordem de criação e não de lançamento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando lancei <b>A Filha de Gaia</b>, eu já estava escrevendo sua continuação, <b>A História de Lilith</b>. A capa dos dois livros se completam. Foram pensadas para isso. Como eu já tinha uma continuação quase pronta e ela teriam nomes diferentes, resolvi que seria bom ter um elemento de ligação para fazer uma conexão visual entre as duas. Então pedi para que a ilustradora fizesse um rosto completo e usasse somente um lado para esta capa. E, quando eu fosse lançar <b>A História de Lilith</b>, usaríamos o outro lado.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-UtUHcEMPTtQ/XUW_ZzDXPWI/AAAAAAAAgRU/inyQV4hl7UschT9Fvb_h_QlUbsdwJ3WdQCLcBGAs/s1600/10.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1060" data-original-width="1600" height="263" src="https://1.bp.blogspot.com/-UtUHcEMPTtQ/XUW_ZzDXPWI/AAAAAAAAgRU/inyQV4hl7UschT9Fvb_h_QlUbsdwJ3WdQCLcBGAs/s400/10.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
SINOPSE DO LIVRO</div>
<br />
Há muito tempo, quando a floresta ainda era jovem, viviam em harmonia os homens, os animais e as criaturas mágicas. Eles protegiam uns aos outros e dormiam à sombra de enormes árvores. Mas os seres humanos buscaram o poder, ficaram violentos. E o Mundo Mágico e o Mundo dos Homens, então, se separaram. Por muitas Eras, houve tentativas de unir novamente os dois mundos. Todas em vão. O Mundo dos Homens se tornou autodestrutivo com o passar do tempo. Agora, os habitantes do Mundo Mágico resolveram fazer mais uma tentativa. Mas, talvez, os humanos tenham se esquecido de como ouvir a magia. Essa história não aconteceu tempos e tempos atrás. Ela vem sendo moldada nas Eras. E o que será contado aqui acontecerá num futuro próximo. Mas logo o planeta e até os imortais irão esquecer. Contudo, alguém lembrará.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
Ouça agora a PLAYLIST do livro</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-UF9aCcEHR54/XUW-WSq8SzI/AAAAAAAAgQ0/P3sYlyQUCi8YqIL-9xCq3np6bkFKbLRKQCLcBGAs/s1600/Playlist%2BAislin.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-UF9aCcEHR54/XUW-WSq8SzI/AAAAAAAAgQ0/P3sYlyQUCi8YqIL-9xCq3np6bkFKbLRKQCLcBGAs/s1600/Playlist%2BAislin.png" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.amazon.com.br/Filha-Gaia-Carolina-Vasconcelos-Lima-ebook/dp/B07WGWX4YF/ref=sr_1_6?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=carol+vasconcelos&qid=1593662957&sr=8-6" target="_blank">COMPRE</a> A FILHA DE GAIA!</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-91131098946201130972019-08-02T13:54:00.001-07:002020-07-01T21:19:46.452-07:00CONTOS DO MUNDO MÁGICO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-MHzlYdd7GzY/XUSLgtsnB5I/AAAAAAAAgQU/va9So1vw9aUkp1VmZcYfN3ZtzfCoDHGLACLcBGAs/s1600/contos.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="250" data-original-width="167" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-MHzlYdd7GzY/XUSLgtsnB5I/AAAAAAAAgQU/va9So1vw9aUkp1VmZcYfN3ZtzfCoDHGLACLcBGAs/s320/contos.jpg" width="213" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
SOBRE O MEU PRIMEIRO LIVRO E PORQUE EU COMECEI A ESCREVER</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Comecei a escrever <b>Contos do Mundo Mágico</b> quando eu tinha doze anos, inspirada pelo primeiro livro da série Harry Potter, o qual eu havia lido recentemente. Mas minha história com os livros começou, na verdade, no cinema. Eu fui assistir à um filme (que por toda a minha vida achei que havia sido Sharkboy e Lavagirl, mas recentemente descobri que esse filme só havia sido lançado anos depois. Então o filme em questão eu não me lembro qual era) e, como em toda sessão de cinema, passaram vários trailers. Entre eles, o trailer de <b>Harry Potter e a Pedra Filosofal</b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O ano era 2001. O livro que inspirava o filme havia sido lançado em 1997, mas só agora estava começando a se tornar um fenômeno no Brasil. O cinema, inclusive, iria ajudar bastante nisso. Eu nunca tinha ouvido falar em <b>Harry Potter</b>, mas a história do menino bruxo me chamou a atenção. Quando cheguei em casa, voltando do cinema, eu resolvi procurar sobre o filme, que seria lançado alguns meses depois. Foi então que descobri que o filme <b>Harry Potter e a Pedra Filosofal</b> era baseado em um livro homônimo, da autora inglesa J. K. Rowling. E que não havia só um, mas quatro livros já publicados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Engraçado é que antes de <b>Harry Potter</b> eu nem mesmo gostava de ler. Na verdade, o fazia por obrigação quando precisava ler os livros paradidáticos da escola. Porém, resolvi fazer uma tentativa e ler <b>Harry Potter e a Pedra Filosofal</b>. E, como boa curiosa que sou, queria fazer isso antes de o filme ser lançado no cinema.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-7421IUREYVk/XUW-zeAbOlI/AAAAAAAAgRA/NkHnshEj4IQhNauM0XpBJF5vzDqKv6u6QCLcBGAs/s1600/Harry-potter1-disneyscreencaps.com-5582.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="722" data-original-width="1600" height="180" src="https://1.bp.blogspot.com/-7421IUREYVk/XUW-zeAbOlI/AAAAAAAAgRA/NkHnshEj4IQhNauM0XpBJF5vzDqKv6u6QCLcBGAs/s400/Harry-potter1-disneyscreencaps.com-5582.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desculpem eu estar falando tanto sobre <b>Harry Potter</b>, mas é que essa história foi, não só essencial, mas determinante para eu começar a escrever e hoje ter quatro livros publicados e me preparando para o lançamento do quinto. Mas continuando, onde estávamos mesmo? Ah sim...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na frente da casa da minha avó moravam dois amigos meus, Lívia e Breno, que eram irmãos e todos nós brincávamos nos finais de semana quando eu ia visitar minha avó junto com outras crianças da rua. Falando sobre <b>Harry Potter</b> com meus amigos, descobri que Breno já tinha lido os livros e ele perguntou se eu não queria comprar dele, a 5 reais cada, menos o quarto porque ele ainda estava lendo. Essas crianças empreendedoras e desapegadas... Admiro!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Obviamente, como na época meu dinheiro vinha da fonte "mãe", precisei perguntar a ela se podia comprar os livros do meu amigo. Eu tinha onze anos e Breno era uns dois (talvez três) anos mais novo que eu. E já tava fazendo dinheiro vendendo seus livros usados!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como minha mãe sabia que eu não era muito fã de livros nessa época, ela disse que eu poderia comprar o primeiro e, se eu gostasse, compraria os outros, um de cada vez. Eu aceitei e comprei <b>Harry Potter e a Pedra Filosofal</b> de Breno, por 5 reais. Com certeza o melhor investimento que fiz na minha vida!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Só que pra uma pessoa que detestava ler, um livro de mais de 200 páginas parecia algo como um dos livros de George R. R. Martin. E o que aconteceu foi que eu não passei do primeiro capítulo na minha primeira tentativa. Eu detestei o livro e não sabia como cada vez mais pessoas ao meu redor falavam, animadas, sobre essa história.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não entendia como todos pareciam tão apaixonados pela história daquele bruxinho e resolvi tentar novamente. De novo, parei. Foi somente na quarta tentativa que eu, finalmente, entendi o quão maravilhosa era aquela história. Terminei de ler o primeiro livro faltando um mês para a estréia do filme e eu já estava completamente apaixonada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Obviamente, comprei <b>A Câmara Secreta</b> e <b>O Prisioneiro de Azkaban</b> do meu amigo, e como devorei os livros rapidamente, ele ainda não tinha terminado o quarto livro pra me vender. Então esse eu comprei novo, na livraria, pois não queria esperar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aos onze anos eu li uma história que mudou a minha vida. Aos onze anos eu comecei a ler por prazer. Aos onze anos eu desejei escrever uma história tão mágica quanto àquela que eu havia lido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Durante uma viagem para a praia, aos doze anos, eu comecei a rabiscar o que seria meu primeiro conto. Primeiro, ele se chamaria somente <b>Por trás da lenda</b>, mas logo viviam continuações da história e <b>Por trás da lenda</b> se tornaria uma série de quatro contos sobre seres mágicos, que se passavam na Irlanda. Logo, meu caderno ficou cheio de histórias e fui preenchendo outros cadernos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um dia, eu soube de um Concurso Cultural na minha escola. Pensei e repensei e resolvi me inscrever no fim do prazo. Precisava ser algo mais breve, de poucas páginas. Como os contos de <b>Por trás da lenda</b> faziam parte de uma série, na minha cabeça eles só funcionavam juntos. Então resolvi escrever outra coisa. Era uma história sobre um grupo de crianças e um fantasma chamada <b>O casarão assombrado de Wepsteps</b>, algo bem diferente do que eu costumava escrever. Esse conto ganhou em segundo lugar o concurso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Também teve uma vez que eu e meus primos estávamos na casa de Lívia e Breno (era onde nós normalmente nos reuníamos porque eles tinham dois vídeo games e vários jogos, entre eles <b>Mario World</b>, meu preferido). Ai faltou energia e a gente ficou sem nada pra fazer. Não dava pra ir brincar na rua (isso era possível nessa época) porque ainda era cedo e tinham muitos carros passando. Então sentamos na varanda da casa e, não lembro como ou por qual motivo, eu resolvi criar uma história. Assim nasceu <b>A Floresta</b>, mais um conto sobre seres mágicos, porém protagonizado por um grupo de crianças (como meus amigos e eu).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A última história desse livro, <b>A princesa e o pirata</b>, nasceu logo depois de <b>A Floresta</b>. É uma história clichê sobre um camponês que se apaixona por uma princesa. Mas tudo que tem piratas no meio se torna muito mais interessante. E não é diferente com essa história, que tem um super Plot Twist no meio dela. Talvez por ter sido a última história desse livro e eu já ter mais prática na escrita, eu posso dizer que é o meu conto preferido de <b>Contos do Mundo Mágico</b>. Não é por menos que <b>A princesa e o pirata</b> ganhou um Spin Off, o livro <b>A Ilha da Caveira</b>, que escrevi somente anos depois. Falaremos dele em breve aqui no blog.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Contos do Mundo Mágico</b> foi um livro que escrevi entre meus doze e dezoito anos. Comecei a escrever as histórias que estão nele aos doze e o processo de criação delas durou até meus quatorze ou quinze anos. Depois disso, até os dezoito, editei, melhorei, mudei nomes de personagens e decidi que eram aqueles contos, de todos que eu tinha escrito nesse período, os que fariam parte do meu primeiro livro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como as histórias são muito diferentes umas das outras, tive dificuldades em encontrar um nome que traduzisse o livro como um todo. Pensei em várias opções, mas nada parecia bom. Foi então que, uma noite, sonhei com minha bisavó (mãe do meu avô) e no sonho ela me disse o nome <b>Contos do Mundo Mágico</b>. Acordei com a certeza de que esse seria o nome do meu primeiro livro.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Ouça agora a PLAYLIST de Contos do Mundo Mágico</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-lFKjiw3HmPo/XUW-maOL7NI/AAAAAAAAgQ4/gZM1qkkrAoEQ9Fa4nR_FhdyfwscFDMaqgCLcBGAs/s1600/Playlist%2BContos%2Bdo%2BMundo%2BM%25C3%2583%25C2%25A1gico.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-lFKjiw3HmPo/XUW-maOL7NI/AAAAAAAAgQ4/gZM1qkkrAoEQ9Fa4nR_FhdyfwscFDMaqgCLcBGAs/s1600/Playlist%2BContos%2Bdo%2BMundo%2BM%25C3%2583%25C2%25A1gico.png" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b><a href="https://www.amazon.com.br/Contos-Mundo-M%C3%A1gico-Carol-Vasconcelos-ebook/dp/B07WDTM759/ref=sr_1_12?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=carol+vasconcelos&qid=1593662957&sr=8-12" target="_blank">COMPRE</a> CONTOS DO MUNDO MÁGICO!</b></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-63553376232795112272019-08-01T00:01:00.001-07:002020-07-01T21:12:41.476-07:00ETÉREA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-ZhOmI6VJpIs/XVTKRjpIC5I/AAAAAAAAgTQ/w1gmJWrKAAkRIRe1JI1iGFFBb7mhwJb-gCLcBGAs/s1600/ET%25C3%2589REA.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1003" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-ZhOmI6VJpIs/XVTKRjpIC5I/AAAAAAAAgTQ/w1gmJWrKAAkRIRe1JI1iGFFBb7mhwJb-gCLcBGAs/s400/ET%25C3%2589REA.jpg" width="250" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 14.85px;"><br /></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">SINOPSE</span><br />
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Aether é uma jovem sem passado. Ela foi encontrada pela sua família adotiva quando ainda era criança e não lembra de nada sobre quem é, de onde vem ou mesmo como foi parar na enorme clareira onde foi achada. Quando sonhos cada vez mais insistentes passam a assombrá-la, Aether entende que precisa buscar por sua memórias. Ao iniciar uma jornada para chegar ao seu passado, ela encontra Garin, um misterioso rapaz que decide juntar-se a Aether na viagem. Contudo, ela pode acabar descobrindo que esquecer se passado pode ter sido a melhor coisa que podia ter lhe acontecido.</span></div>
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><br /></span>
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">PRÓLOGO</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Um vento gélido. Alguma coisa que ardia nas
costas, algo úmido. Era dali que vinha a terrível queimação. E dor. Dor por
toda parte. Aos poucos, ela começou a se perceber. Primeiro a mão, que estava
em algum lugar daquele corpo. Moveu lentamente os dedos e sentiu dificuldade ao
fazer isso. Tentou mover outra parte de seu corpo, mas a dor lhe impedia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Ela
tentou abrir os olhos, devagar. Uma luz ofuscante a fez fechá-los novamente.
Aquilo era como recuperar todos os sentidos de uma só vez, como ver-se entregue
ao caos. Um zunido insistente, o cheiro de terra e grama e a percepção do
orvalho nas suas costas. Abriu os olhos novamente, agora com mais cautela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Onde
estou?<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> A
pergunta surgiu em sua mente. E, por mais que tentasse, ela não conseguia
encontrar uma resposta. Pestanejou algumas vezes e respirou profundamente. Cada
músculo do seu corpo doeu. Tentou virar-se de lado. E novamente a dor a
impediu. Olhou para seu braço pálido que estava na lateral de sua cabeça. Olhou
a mão iluminada pelos tímidos raios de sol. As cores iam vagarosamente se
definindo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Quem
sou?</span></i><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Mais
uma pergunta que não conseguia responder. Tentou apoiar-se em seus braços. Com
muito esforço, conseguiu erguer-se minimamente. Olhou em volta. O céu era de um
azul claro, sem sombra de nuvens. O relvado que lhe cercava pareceu infinito.
Algumas margaridas pontilhavam a grama baixa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Ninguém
à vista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Tentou
puxar pelas lembranças, trazer de volta memórias. Algum nome, um rosto,
qualquer coisa... Nada. Sentiu uma fisgada nas costas, no lugar da ardência,
como se algo lhe espetasse a carne. Deitou-se novamente na grama e levou uma
mão ao local dolorido. Era áspero, escamoso. Ela pensava em como sairia daquela
situação. E mais uma vez, não obtinha nenhuma resposta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Novamente,
esforçou-se para levantar, apoiando as mãos nas laterais do seu corpo. Os
músculos dos braços se queixaram. Trincou os dentes, enquanto os lábios soltavam
abafados gemidos. Mesmo com a dor, conseguiu flexionar as pernas, apoiando-as
no chão para que pudesse sentar-se. Arquejando com a dor e a ardência,
esforçou-se para ver o que havia em suas costas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Uma
pele vermelha e escamosa descia pelas suas costas nuas até o flanco direito.
Aquela parte estava mais dolorida do que o resto de seu corpo e ardia muito.
Ela começou a sentir frio. Precisava procurar um lugar para se abrigar. Não
podia ficar ali.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Ainda trôpega, ficou de pé.
Não fazia ideia de quem era, ou de como chegara ali. Baixou os olhos para olhar
o corpo. Os braços e pernas, até mesmo os pés, nada lhe era familiar. Nem mesmo
a consciência de ser uma criatura feminina sugeria-lhe alguma coisa. Essa
sensação lhe angustiava.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Mais uma vez deu uma olhada
ao seu redor. A clareira parecia não ter fim. E, então, percebeu uma fina linha
mais escura ao fundo, bem longe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">É
para lá que você precisa ir.</span></i><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Não
chegou a se perguntar por quê. Havia falhado nas outras tentativas de achar
respostas para suas perguntas. Só sabia que era isso que tinha que fazer.
Mexeu-se com cuidado. Era como se nunca tivesse andado antes. Quase não
conseguia manter o equilíbrio. Talvez fosse melhor se sentar novamente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Vou
ficar parada até alguém me encontrar.<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Um pensamento reconfortante que, só por um
momento, pareceu-lhe ser a coisa certa a fazer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Ninguém
vai aparecer. E talvez seja melhor assim.<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Concluiu
após refletir melhor sobre aquela situação. Virou, então, o olhar para a linha
escura e começou a andar, um passo atrás do outro, insegura. Ao redor dela, a
grama ondeava molemente ao leve sopro do vento frio. Naquele nada em que sua
mente estava mergulhada, no terror que a dominava, agora ela tinha um objetivo.
E precisava alcançá-lo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Viu
as árvores surgindo diante de si, cada vez mais altas, à medida que se
aproximava. Observou-as como se fossem uma miragem. Estava exausta. As costas
continuavam a arder. Seu corpo ainda doía. A grande bola amarela já tocava o
horizonte e o céu explodia em tons de vermelho. Quando afinal chegou a tocar na
casca áspera de uma árvore seca, não pôde evitar um sorriso de alívio. Ao menos
entre as árvores poderia ficar mais protegida, assim esperava.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Olhou
para trás, para o caminho que tinha percorrido. Não estava em condições de
quantificá-lo, nem tinha uma mínima noção do tempo que levara percorrendo-o.
Aliás, não se lembrava de como se media o espaço ou como se marcava a passagem
de tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Sentiu
o cheiro de algo queimando. E viu, à frente, ainda um tanto distante, no meio
da floresta, uma luz trêmula. Queria andar até lá, mas o cansaço a impedia. As
pernas não tinham mais força suficiente. Foi quando ouviu algo se mexendo em
meio à folhagem das plantas baixas. E enxergou um vulto vindo em sua direção.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Estava cada vez com menos forças.
Deixou-se escorregar ao longo do tronco da árvore na qual se apoiava. E não viu
mais nada.</span></div>
<br />
<span style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14.85px; text-align: justify;"><b><br /></b></span>
<span style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14.85px; text-align: justify;"><b><br /></b></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14.85px; text-align: justify;"><b>ACESSE A PLAYLIST DO LIVRO</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14.85px; text-align: justify;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-ofXzlqEMwFM/XUCIbHiNXCI/AAAAAAAAgNY/I6x7ImfURyImvO0K7ybnTAoaQP-W5EJQQCEwYBhgL/s1600/Playlist%2BEt%25C3%2583%25C2%25A9rea.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-ofXzlqEMwFM/XUCIbHiNXCI/AAAAAAAAgNY/I6x7ImfURyImvO0K7ybnTAoaQP-W5EJQQCEwYBhgL/s1600/Playlist%2BEt%25C3%2583%25C2%25A9rea.png" /></a></div>
<span style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14.85px; text-align: justify;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14.85px; text-align: justify;"><br /></span></div><div style="text-align: left;"><span style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14.85px; text-align: justify;"><a href="https://www.amazon.com.br/Et%C3%A9rea-Carol-Vasconcelos-ebook/dp/B07X27NQYZ/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=carol+vasconcelos&qid=1593662957&sr=8-1" target="_blank">COMPRE</a> O LIVRO ETÉREA!</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-38871797459440628272016-01-01T03:30:00.000-08:002016-01-01T03:30:00.118-08:00LILITH<div style="background-color: white; font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.4em;">
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-c3BMD1KQjOM/Vl4sZCAwj0I/AAAAAAAAIUk/9L-9BCtmHNM/s1600/11873541_950395398335324_636980762081282542_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="412" src="http://4.bp.blogspot.com/-c3BMD1KQjOM/Vl4sZCAwj0I/AAAAAAAAIUk/9L-9BCtmHNM/s640/11873541_950395398335324_636980762081282542_n.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
O livro de Gênesis é bastante debatido no que diz respeito ao que refere à criação humana. Existem questionamentos quanto ao termo "à nossa imagem e semelhança" estar no plural e não no singular, outros questionam o homem ter vindo do barro ou o porquê da mulher (Eva) ter sido feita da costela de Adão. Contudo, uma questão incomum é a presença de uma figura feminina chamada Lilith.<br />
<br />
Hoje em dia, Lilith é tida como um demônio. Porém, se analisarmos o Livro do Gênesis, podemos perceber que, na verdade, Lilith pode ter sido a mulher primordial, primeira mulher de Adão, nascida ao mesmo tempo e da mesma matéria que ele, como uma igual e não como como ser inferior. No primeiro capítulo do Livro do Gênesis, versículo 27, está escrito que:<br />
<br />
"Deus<i> criou o homem à sua imagem e semelhança; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher". (Gênesis 1:27)</i><br />
<i><br /></i>
<i>"E Deus os abençoou, e Deus disse-lhe: Frutificai e multiplicai-vos, e enche a terra". (Gênesis 1:28)</i><br />
<br />
Contudo, no segundo capítulo, versículo 18 vemos o seguinte:<br />
<i><br /></i>
<i>"O Senhor Deus disse: Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada". (Gênesis 2:18)</i><br />
<br />
E é apenas no versículo 22 do segundo capítulo que, devido a solidão de Adão, Deus cria a mulher. Mas espera! Ele não já tinha criado uma? Seria essa outra mulher? Se Eva ainda não existia, com quem Adão ia frutificar, multiplicar e encher a terra?<br />
<i><br /></i>
<i>"E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem"</i>. (Gênesis 2:22)<br />
<br />
"Disse então o homem: Esta sim (ou 'agora sim' em algumas versões), é osso dos meus ossos e carne da minha carne. Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada". (Gênesis 2:23)<br />
<br />
E dessa forma, Eva é criada. Acredita-se, então, que no primeiro capítulo a mulher criada seja Lilith e levando em consideração o versículo 23 do capítulo 2, podemos verificar na expressão de Adão <i>"...esta sim..."</i> a afirmativa da existência de outra criatura que não era qualificada como mulher e que não se podia se submeter a ele, pois era independente, estava no mesmo nível de criação, a mesma altura de Adão.<br />
<br />
<i><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18.2px;">“Deus teria criado um casal: Adão e uma mulher que antecedeu a Eva. Esta mulher primordial teria sido Lilith<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4693372201544529030" name="top3" style="text-decoration: none;"></a>, figura bastante conhecida da antiga tradição judaica. Lilith não se submeteu à dominação masculina. A sua forma de reivindicar igualdade foi a de recusar a forma de relação sexual com o homem por cima. (...) Lilith foi transformada em um demônio feminino, a rainha da noite, que se tornou a noiva de Samael, o Senhor das forças do mal. (...) Lilith seria uma figura sedutora, de longos cabelos, que voa à noite, como uma <b><u>coruja</u></b>, para atacar os homens que dormem sozinhos. (...) Finalmente, uma outra tradição judaica afirma que a lendária rainha de Sabá que teria visitado Salomão nada mais era do que Lilith</span><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18.2px;">” (<b>Jardim do Éden Revisitado</b>, Roque de Barros Laraia).</span></i><br />
<i><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18.2px;"><br /></span></i>
O nome de Lilith pode ter sido retirada da Bíblia durante o Concílio de Trento, a interesse da Igreja Católica, para reforçar o papel das mulheres como seres submissos e não iguais aos homens. Porém, muitas pinturas e esculturas a retratam como a serpente que tentou Eva a comer o fruto proibido do conhecimento.</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-19544017129765517662015-12-04T03:00:00.000-08:002015-12-04T03:00:02.640-08:00As fadas de Robin Wight<div style="text-align: justify;">
Dia desses eu estava no facebook quando, no meu feed, apareceu um vídeo lindo de uma escultura em movimento. Na descrição do vídeo, dizia que a escultura era do britânico Robin Wight e era inspirada em uma fotografia tirada por duas crianças em 1920.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A escultura em questão é essa:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-CtFsSS6ELjI/Vl9xDqJhoxI/AAAAAAAAIU0/nJM6mv8QvaA/s1600/fantasywire-wire-fairy-sculptures-robin-wight-23-600x411.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="438" src="http://4.bp.blogspot.com/-CtFsSS6ELjI/Vl9xDqJhoxI/AAAAAAAAIU0/nJM6mv8QvaA/s640/fantasywire-wire-fairy-sculptures-robin-wight-23-600x411.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para ver o vídeo <a href="https://www.youtube.com/watch?v=6RNkz4l2NC0">clique aqui</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não sei qual das fotografias das primas Elsie Wright e Frances Griffiths, que viviam em Cottingley, Inglaterra, inspirou o Robin a fazer essa escultura. Mas, assim como a história que envolveu as duas meninas, as obras do escultor são mágicas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É uma história famosa sobre fadas que envolveu, inclusive a empresa KODAK e o escritor Arthur Conan Doyle, famoso pela sua obra Sherlock Holmes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A história das duas primas se tornou famosa no mundo inteiro na época e virou até filme. Procurem por "O Encanto das Fadas" no google. É lindo e emocionante.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E, claro, como uma apaixonada pelas fadas de Cottingley, eu fui procurar mais esculturas de Robin, feitas de fios emaranhados de aço inoxidável. E, simplesmente, me espantei quando descobri que a ideia do britânico surgiu quando, experimentando uma câmera, viu uma figura numa árvore. A imagem era semelhante à ideia que temos de uma fada. Então, brincando com o étereo e o lúdico e a vontade de fazer as pessoas acreditarem nesse mundo mágico, Robin resolveu transformar o que viu em escultura.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Simplesmente, esse episódio com Robin tem tudo a ver com a história de Elsie e Frances.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-u2-BifZuyrM/Vl91Jy232YI/AAAAAAAAIVI/LGYcXcskERY/s1600/dcdc7fa41160efed0c674fa1d50a9ad0.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://3.bp.blogspot.com/-u2-BifZuyrM/Vl91Jy232YI/AAAAAAAAIVI/LGYcXcskERY/s640/dcdc7fa41160efed0c674fa1d50a9ad0.jpg" width="426" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-C8kyxPxwcE4/Vl91KTVE9BI/AAAAAAAAIVU/hubkE4YQU7w/s1600/fantasywire12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://3.bp.blogspot.com/-C8kyxPxwcE4/Vl91KTVE9BI/AAAAAAAAIVU/hubkE4YQU7w/s640/fantasywire12.jpg" width="426" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-CBGcEHa8RMo/Vl91Kle7KHI/AAAAAAAAIVc/uDK0JbyqssU/s1600/fantasywire13.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="478" src="http://3.bp.blogspot.com/-CBGcEHa8RMo/Vl91Kle7KHI/AAAAAAAAIVc/uDK0JbyqssU/s640/fantasywire13.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-Mbsh5UbxUhk/Vl91JM7HyzI/AAAAAAAAIVA/KIzhWALTkkk/s1600/Fantasywire-by-Robin-Wight-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="416" src="http://4.bp.blogspot.com/-Mbsh5UbxUhk/Vl91JM7HyzI/AAAAAAAAIVA/KIzhWALTkkk/s640/Fantasywire-by-Robin-Wight-3.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-WEN2LPHHGuU/Vl91JoiTFOI/AAAAAAAAIVM/KC4Re_5x7Xk/s1600/Fantasywire-by-Robin-Wight-4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="http://2.bp.blogspot.com/-WEN2LPHHGuU/Vl91JoiTFOI/AAAAAAAAIVM/KC4Re_5x7Xk/s640/Fantasywire-by-Robin-Wight-4.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-BZqvAlPV-WI/Vl91KI-_kYI/AAAAAAAAIVQ/85olepNiFZY/s1600/fantasywire-wire-fairy-sculptures-robin-wight-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="http://3.bp.blogspot.com/-BZqvAlPV-WI/Vl91KI-_kYI/AAAAAAAAIVQ/85olepNiFZY/s640/fantasywire-wire-fairy-sculptures-robin-wight-3.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-67Xm343JSlw/Vl91KwOD3hI/AAAAAAAAIVs/ZBwb3cMfJvs/s1600/nightmain.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://4.bp.blogspot.com/-67Xm343JSlw/Vl91KwOD3hI/AAAAAAAAIVs/ZBwb3cMfJvs/s640/nightmain.jpg" width="516" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-0G0MWbhzwrQ/Vl91JQMXpAI/AAAAAAAAIVE/fDxOTFy4UFQ/s1600/Robin-Wight-04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://3.bp.blogspot.com/-0G0MWbhzwrQ/Vl91JQMXpAI/AAAAAAAAIVE/fDxOTFy4UFQ/s640/Robin-Wight-04.jpg" width="426" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-43646078862190325422015-12-01T09:30:00.000-08:002015-12-01T15:25:33.011-08:00Personagens importantes - A HISTÓRIA DE LILITH<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-TztlXg0Dc94/Vl4sSo0Cv2I/AAAAAAAAIUc/Zjadh63C5K8/s1600/e9466ce90d923dd5e48913ae250475fc.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://3.bp.blogspot.com/-TztlXg0Dc94/Vl4sSo0Cv2I/AAAAAAAAIUc/Zjadh63C5K8/s640/e9466ce90d923dd5e48913ae250475fc.jpg" width="426" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lilith: É a filha de Aurora e Alexander. Lilith é decidida, de personalidade forte, intuitiva e um tanto impulsiva, que sempre revela o que pensa e sente. Ela adora o mundo onde vive e faz de tudo para mantê-lo da forma que sua mãe deixou.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Gael: Sua espécie não apareceu em <b>A Filha de Gaia</b>. Trata-se dos Hargos, uma espécie derivada das Harpias e tida como guardiã. Gael é misterioso, mas sua presença vai se revelar de grande importância para Lilith.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Basion: Rei dos Elfos Brancos. O Rei Basion comandou o Exército Élfico na grande batalha contra os humanos, na época de Aurora.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Solomon: Senhor de Árgatha, o Mundo Subterrâneo. Ele e o Rei Basion disputarão algo de grande importância para o Mundo Mágico.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Há também aqueles personagens que quem leu <b>A Filha de Gaia</b> vai se lembrar: Alexander, que agora está mais maduro e é o porta voz de Lilith, mas não conseguiu esquecer Aurora; Beijamin Klinton, que sente falta de seu tempo no Mundo dos Humanos; Halley, que agora não é mais uma menininha, o Mago Mestre, Arya, Beldof e Tambelin.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Além desses personagens, haverão alguns de histórias secundárias, mas que não irei falar ainda. É surpresa =)</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-31548010402930540452015-11-25T09:39:00.000-08:002015-12-01T09:39:59.362-08:00Histórias literárias que começam/se passam em Londres<div style="text-align: justify;">
Eu sempre fui apaixonada por Londres desde que li Harry Potter e, sempre que leio uma história ambientada na cidade, meu amor só cresce. Listei aqui algumas histórias que se iniciam ou que se passam, em algum momento, em Londres...</div>
<br />
PETER PAN<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-JpTT9-G8aKo/Vl3aAOXhX5I/AAAAAAAAIT0/zQGOv9aYAao/s1600/tumblr_maccd3pL7q1rewc3po1_1280.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://4.bp.blogspot.com/-JpTT9-G8aKo/Vl3aAOXhX5I/AAAAAAAAIT0/zQGOv9aYAao/s640/tumblr_maccd3pL7q1rewc3po1_1280.jpg" width="404" /></a></div>
<br />
SHERLOCK HOLMES<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-EVroVn2Ramo/Vl3aouu5LyI/AAAAAAAAIUM/GdDknuN_Dgg/s1600/7508592GG.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://1.bp.blogspot.com/-EVroVn2Ramo/Vl3aouu5LyI/AAAAAAAAIUM/GdDknuN_Dgg/s640/7508592GG.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
HARRY POTTER<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Ibf6oxgfxMg/Vl3aIWGN9NI/AAAAAAAAIT8/MFXH19Wu-eo/s1600/harry-potter-series.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="454" src="http://1.bp.blogspot.com/-Ibf6oxgfxMg/Vl3aIWGN9NI/AAAAAAAAIT8/MFXH19Wu-eo/s640/harry-potter-series.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
A FADA<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-ynncgvAB7Xk/Vl3aduknKNI/AAAAAAAAIUE/X_V51dNNX70/s1600/112198461_1GG.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://3.bp.blogspot.com/-ynncgvAB7Xk/Vl3aduknKNI/AAAAAAAAIUE/X_V51dNNX70/s640/112198461_1GG.jpg" width="640" /></a></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-70612310751244430712015-11-13T11:41:00.000-08:002015-12-01T09:31:33.615-08:00J. K. Rowling e eu<div style="text-align: justify;">
Há algum tempo, eu assisti o filme/documentário <b>Magia além das palavras</b>, sobre a vida de J. K. Rowling. Eu sou fã dessa escritora desde quando li o primeiro livro da série Harry Potter. Isso porque foi por causa dela e de seus livros que eu descobri o que mais amo fazer: Escrever.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-1iVCJRD1NZE/VltTekAoOcI/AAAAAAAAITE/W4yufFJaPko/s1600/j-k-rowling-la-magie-des-mots-film-4285.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://4.bp.blogspot.com/-1iVCJRD1NZE/VltTekAoOcI/AAAAAAAAITE/W4yufFJaPko/s640/j-k-rowling-la-magie-des-mots-film-4285.jpg" width="452" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu já sabia muitas coisas da vida da Tia Jo (sou íntima) antes de ver esse filme/documentário. Mas a forma como foi mostrado em vídeo, me fez perceber quantas semelhanças existem entre nós. E fiquei muito feliz com isso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nunca pensei que eu fosse me identificar tanto com a história de vida de alguém que admiro demais. Listarei aqui algumas coisas que percebi:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
1) A Tia Jo precisou trabalhar em algo que ela detestava, pois era aquilo que dava dinheiro para ela, embora seu coração batesse mais forte pela escrita e pelos desenhos que fazia. Mas, como ela diz a seu chefe quando este a questiona falando que ela não está feliz, o que ela gosta de fazer não é funcional.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
2) A história do menino bruxo com um raio na testa surgiu para ela durante um cochilo numa viagem de trem. Da mesma forma, a história de um dos meus livros surgiu quando eu dormia em uma viagem de ônibus.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
3) Rowling parece, pelo que o filme mostra, encarar a realidade de uma forma mágica, mesmo quando passava por dificuldades. Eu também.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-43600479362248581112015-11-06T11:18:00.000-08:002015-11-29T11:28:13.815-08:005 Livros que marcaram minha vida<div style="text-align: justify;">
Nós lemos muitos livros ao longo da nossa vida, mas nem todos nos marcam a ponto de nos fazerem lembrar deles para sempre.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje vou falar sobre os livros que tiveram uma grande influência na minha vida.</div>
<br />
O primeiro deles é <b>Soprinho</b>.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-3AGAZ4jyiEM/VltQmczPOkI/AAAAAAAAISA/5Fxs5aiMcMc/s1600/88175_941.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="http://1.bp.blogspot.com/-3AGAZ4jyiEM/VltQmczPOkI/AAAAAAAAISA/5Fxs5aiMcMc/s640/88175_941.jpg" width="460" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Essa foi a versão que conheci quando era criança. Hoje o livro foi reeditado.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Esse é a primeira história que me tocou. É a primeira história fantástica, que me lembro pelo menos, com a qual tive contato. Contudo, quem a leu para mim foi minha mãe, pois quando eu era mais nova não gostava de ler.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quem me conhece e acompanha o blog e o canal sabe que eu sou viciada em <b>Harry Potter</b>. Essa foi a história responsável por eu começar a gostar de ler e eu me tornar escritora. Sendo assim, sou eternamente grata a J. K. Rowling por isso. Contei sobre minha relação com a série Harry Potter <a href="http://arcosmascarasedragoes.blogspot.com.br/2015/07/especial-harry-potter-eu-e-harry.html"><span style="color: purple;">nesse post</span></a>.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-r7y4zQjfGLI/VltQ26ptpyI/AAAAAAAAISI/V1L5bn25tyI/s1600/harry-potter-series.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="454" src="http://2.bp.blogspot.com/-r7y4zQjfGLI/VltQ26ptpyI/AAAAAAAAISI/V1L5bn25tyI/s640/harry-potter-series.jpg" width="640" /></a></div>
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>As brumas de Avalon</b> foi um livro que me marcou muito em vários aspectos, mas principalmente, porque tem a ver com a minha religião, mesmo não sendo um livro religioso. Além disso, é uma história sobre a força das mulheres. Reconta a lenda do Rei Arthur do ponto de vista das mulheres da história, o que acho muito mais interessante e as personagens são maravilhosas.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-T45uTdKvTh8/VltQ9U44pII/AAAAAAAAISQ/vC3evLQ0gcE/s1600/6802840_1GG.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://1.bp.blogspot.com/-T45uTdKvTh8/VltQ9U44pII/AAAAAAAAISQ/vC3evLQ0gcE/s640/6802840_1GG.jpg" width="640" /></a></div>
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Eu conheci <b>Peter Pan</b> vendo o filme da Disney quando eu era criança. Depois vi outros filmes e só com quase 20 anos é que fui ler o livro de James M. Barrie pela primeira vez.<br />
<br />
E me apaixonei ainda mais pela história.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-wc0UKf5qy3k/VltRKJO9mzI/AAAAAAAAISY/sj-1bXuyGrw/s1600/tumblr_maccd3pL7q1rewc3po1_1280.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://4.bp.blogspot.com/-wc0UKf5qy3k/VltRKJO9mzI/AAAAAAAAISY/sj-1bXuyGrw/s640/tumblr_maccd3pL7q1rewc3po1_1280.jpg" width="404" /></a></div>
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Dragões de Éter</b> é, de longe, o meu livro nacional favorito. Eu tinha acabado a série Harry Potter e a sensação de que algo faltava dentro de mim ficou me "assombrando" por um tempo. Até que um dia, em uma livraria da minha cidade, enquanto eu olhava alguns livros, pensando qual iria comprar, o primeiro volume dessa trilogia me chamou a atenção. Não sei se pela capa, coberta por chamas, pelo nome, Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas, ou pelo curioso nome do autor, Raphael Draccon (que por muito tempo eu pensei que era gringo. Eu e meu antigo preconceito com literatura nacional).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-OPGO14QoQPk/VltRR5ZS90I/AAAAAAAAISg/Y3ShhdvwojM/s1600/alarcao-capadragoes2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="http://4.bp.blogspot.com/-OPGO14QoQPk/VltRR5ZS90I/AAAAAAAAISg/Y3ShhdvwojM/s640/alarcao-capadragoes2.jpg" width="422" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Essa é a primeira versão do primeiro livro. Eu tenho ela autografada, uma raridade =)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Explico: fogo sempre me chamou a atenção (quem leu meu livro A FILHA DE GAIA talvez entenda o que eu quero dizer. Bruxas também. E nem preciso falar sobre os dragões. O nome do blog já denuncia o quanto eu os adoro. Sendo assim, comprei o livro e me viciei naquela história. Foi com Dragões de Éter que eu encontrei o que eu havia perdido com o fim de Harry Potter.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-1LImbClwCPk/VltRhsAn9kI/AAAAAAAAISs/nDq_0StYB_o/s1600/dragoesdeeter.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="302" src="http://4.bp.blogspot.com/-1LImbClwCPk/VltRhsAn9kI/AAAAAAAAISs/nDq_0StYB_o/s640/dragoesdeeter.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Essa é a segunda versão, já com a nova editora.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-IY4S3fqjdSI/VltRhiPjT_I/AAAAAAAAISo/hTXKVkQswow/s1600/Drag%25C3%25B5es-de-%25C3%2589ter1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="314" src="http://4.bp.blogspot.com/-IY4S3fqjdSI/VltRhiPjT_I/AAAAAAAAISo/hTXKVkQswow/s640/Drag%25C3%25B5es-de-%25C3%2589ter1.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Terceira e última versão, por enquanto xD</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E vocês, quais livros marcaram suas vidas?</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-22959093158008513952015-11-01T03:00:00.000-08:002015-11-01T03:00:04.657-08:00Mundo Mágico: Geografia de Aislin<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 18.0pt; text-align: justify; text-indent: 17.4pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-gZfTPTRvEaU/VgriGwXp_6I/AAAAAAAAIGk/8f-I8ZZPOiE/s1600/mapa.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="448" src="http://4.bp.blogspot.com/-gZfTPTRvEaU/VgriGwXp_6I/AAAAAAAAIGk/8f-I8ZZPOiE/s640/mapa.png" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No centro do Mundo Mágico, encontra-se
Tuvalun. É lá que está o Templo de Hemera, Deusa do fogo, onde há as reuniões
do Conselho dos Anciãos e o Castelo das 7 Eras. O Templo e o castelo encontram-se
há alguns minutos do portal que leva do Mundo dos humanos à Tuvalun.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 18.0pt; text-align: justify; text-indent: 17.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Á oeste de Tuvalun está a Floresta do
Silêncio, onde encontra-se o castelo das Três Feiticeiras, no Condado de Embla.
Á noroeste está a entrada para Argatha e ao norte ficam as montanhas geladas,
lar da Rainha de gelo. Indo para o sul, seguindo pelo Vale das prometidas, está
Soláristo, o Reino dos Elfos Brancos. Lá encontram-se a cachoeira cinzenta e a
Praia de Egéria.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 18.0pt; text-align: justify; text-indent: 17.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ao sul de Tuvalun está a Ilha Esmeralda, onde
fica Alhistonia, o conjunto das mais altas montanhas do Mundo Mágico, onde
encontram-se os gigantes Etins, guardiões da terra, bem como a Enseada das
Sereias. Á nordeste de Tuvalun, atravessando a Floresta Litara, fica Farfállia,
Reino dos Seres alados. Sua capital é Fanthásya, a cidade encantada das fadas,
primeiro lar do Olho de Ondí.<o:p></o:p></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-64115605446039264382015-10-31T03:00:00.000-07:002015-10-31T03:00:03.993-07:00Samhain<div style="text-align: justify;">
O Samhain (31 de Outubro - 01 de Novembro) é, basicamente, uma comemoração celta que celebra a passagem do ano celta, também conhecido como Ano Novo das bruxas, para os praticantes da Wicca e religiões Neo-pagãs.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acredita-se que, durante o período de Samhain, o véu entre o mundo dos mortos e dos vivos está mais tênue, o que proporciona que eles possam visitar seus parentes vivos. Assim como o nevoeiro que deixa invisível o mundo mágico das fadas se dispersa, a fronteira entre esses mundos desaparece e os seres mágicos podem ser vistos pelos humanos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É importante, durante esse período, a reflexão e meditação sobre os ciclos da natureza, a vida e a morte. É uma época para nos conectarmos com as energias dos nossos antepassados.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-S3eBp-2HpE0/VjKz0Wc4bbI/AAAAAAAAIP4/2jRTIO1K3bA/s1600/rodadoano.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="381" src="http://4.bp.blogspot.com/-S3eBp-2HpE0/VjKz0Wc4bbI/AAAAAAAAIP4/2jRTIO1K3bA/s400/rodadoano.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Todo o calendário das antigas religiões tem a ver com a natureza. Logo, os ritos, festivais e celebrações, servia para marcar as épocas do ano. Esse calendário se chama Roda do Ano, que é composto por 8 Sabbaths. O Samhain marca o início do inverno, assim como Beltane marca o início do verão. O Imbolc é o início da primavera e Lammas é o início do outono. Além desses, temos Yule (Solstício de inverno), Ostara (Equinócio de primavera), Litha (Solstício de verão) e Mabon (Equinócio de outono).<br />
<br />
Como é um calendário baseado nas estações do ano, é claro que o Hemisfério Norte e o Hemisfério Sul do planeta comemoram de forma diferente. Contudo, a maior parte dos grupos Wicca e Neo-pagãos no Brasil hoje comemoram o que se chama de Roda do Ano Mista. Isso significa que as datas de Samhain e Beltane permanecem da mesma forma, independente do seu hemisfério e todo o resto muda, de acordo com o local do planeta onde você está.<br />
<br />
E ai você me pergunta: Por que, no hemisfério sul, também se comemora Samhain em 31/10, já que a festa é para marcar o início do inverno e, nessa época, estamos nos encaminhando para o verão?<br />
<br />
De fato, por causa da época, o Samhain acaba servindo também para marcar o começo do inverno no hemisfério norte. Contudo, o mais importante dessa data é a energia transmitida por ela. Como já expliquei ai em cima, é uma época para entrar em contato com a energia dos ancestrais e isso está mais propício nesse período do ano. Por isso, é importante que, mesmo pra quem more no hemisfério sul do planeta, comemore Samhain em 31 de Outubro, assim como Beltane em 01 de Maio</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-52414062043843629572015-10-12T03:30:00.000-07:002016-10-18T15:26:38.409-07:00"Todas as crianças crescem - menos uma"<div align="justify">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/_hTlqjUvY4fw/S0izR9NssQI/AAAAAAAAAJE/r6Hn6xr9YCA/s1600-h/Peter%2520Pan.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5424782872238928130" src="https://2.bp.blogspot.com/_hTlqjUvY4fw/S0izR9NssQI/AAAAAAAAAJE/r6Hn6xr9YCA/s320/Peter%2520Pan.jpg" style="cursor: hand; float: left; height: 320px; margin: 0px 10px 10px 0px; width: 249px;" /></a>Já faz um certo tempo que eu não vejo uma fada. Sim, eu já vi uma! Mas parece que elas pararam de aparecer para mim. O caso é que aconteceu comigo o que todos nós tememos que aconteça num certo momento de nossas vidas. Eu cresci! Na verdade, eu nem posso reclamar, pois eu fiz essa escolha. Poderia simplesmente ter escolhido não crescer, pois é possível. Porém, para isso, temos que ter absoluta certeza de que somos crianças, pois o Tempo tenta nos enganar, fazendo parecer que todos nós precisamos crescer um dia. Na verdade, até hoje, conheço apenas uma criança que nunca cresceu. Devem conhecê-lo também.<br />
<br />
É mesmo uma pena não poder mais ver fadas. É uma experiência maravilhosa. Contudo, não posso deixar de pensar em mim como uma pessoa privilegiada. A maioria das pessoas hoje em dia nunca viram uma fada, nem mesmo quando crianças. E isso é algo muito triste.<br />
<br />
Mesmo que eu não as veja mais, ficarei feliz se, um dia, quando meus filhos estiverem brincando no jardim, encontrarem uma dessas pequenas criaturas aladas. E então, quando vierem me dizer, eu contarei histórias sobre o Povo Pequeno e direi que também já vi uma fada. E toda noite, quando eu sentir um suave bater de asas em minha orelha direita, saberei que elas estão ali, perto de mim, mesmo que eu não mais possa vê-las.<br />
<br />
A infância é realmente uma época maravilhosa. São tantas coisas que podemos fazer. Podemos escolher qualquer coisa entre milhões delas, ou simplesmente ficar com tudo. A infância é um mar de infinitas possibilidades, onde nem mesmo o céu é o limite. E crescer pode significar perder isso.<br />
<br />
Mas para quem está triste porque cresceu ou porque sabe que isso acontecerá um dia, vou contar uma coisa que descobri há algum tempo. Nós não perdemos tudo da infância, apenas guardamos o mais importante numa caixinha que podemos abrir a noite, quando precisamos nos recordar de coisas como brincadeiras e sorrisos. Essa caixinha fica guardada numa ilha mágica e todos já fomos lá, pelo menos uma vez na vida. Quando crescemos, fica cada vez mais difícil chegar lá, pois só há uma maneira de fazer isso: voando. E quando nos tornamos adultos esquecemos como se faz isso. Sendo assim, o único modo de chegar a essa ilha é quando viajamos em nossos sonhos e nos perdemos neles. E então, voltamos a ser crianças.</div>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-80277970888945760712015-10-05T13:11:00.000-07:002015-10-16T13:12:50.379-07:00Quando as crianças salvam o dia (ou o mundo)<div style="text-align: justify;">
Eu adoro filmes protagonizados por crianças. E é mais legal ainda quando são elas que salvam o dia. Então, nesse Especial das Crianças, separei uma lista com alguns dos filmes que mais gosto desse tipo.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
HARRY POTTER<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/L8-e_VdwAME/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/L8-e_VdwAME?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div>
<div>
<br /></div>
<div>
OS GOONIES<br />
<br /></div>
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/kFEfHCJG4G4/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/kFEfHCJG4G4?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br /></div>
<div>
SUPER 8</div>
<div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/8oRQ8XrSKUA/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/8oRQ8XrSKUA?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br /></div>
<div>
E.T.</div>
<div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/qYAETtIIClk/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/qYAETtIIClk?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br /></div>
<div>
MATILDA</div>
<div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/MdC_YMvYZyI/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/MdC_YMvYZyI?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br /></div>
<div>
PETER PAN</div>
<div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/fENh56pgGU4/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/fENh56pgGU4?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br /></div>
<div>
AS CRÔNICAS DE NÁRNIA</div>
<div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/PKVNju6bwyw/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/PKVNju6bwyw?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br /></div>
<div>
PEQUENOS ESPIÕES</div>
<div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/OwgR45eDQk4/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/OwgR45eDQk4?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br /></div>
<div>
O JARDIM SECRETO<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/cBeMKczPRoI/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/cBeMKczPRoI?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
E ai, gostaram? Já assistiram esses filmes? Tem algum outro nesse estilo que poderia entrar pra essa lista?</div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6555145344583469878.post-39823738122373706922015-10-01T16:46:00.003-07:002015-10-01T16:46:49.132-07:00Mundo Mágico: Classes<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">- Elementais<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<span style="background: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
caráter essencial dos elementais é animar instantaneamente as formas de
substância astral que se condensa em volta deles. Geralmente são vistos como pequenos
pontos luminosos rodeados de aura fosforescente, mesmo por seres mágicos. Raças
que podem ser elementais: Silfos e Sílfidies, Salamandras, Ondins e Ondinas e
Dríades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">-
Magos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Os<span class="apple-converted-space"> </span>magos<span class="apple-converted-space"> </span>não possuem nenhum poder natural. Eles
estudam e aprendem magias. <span style="background: white;">Magos costumam
utilizar seu conhecimento em batalha no lugar das armas convencionais. Mas não
são restringidos na utilização dos mesmos. Os Magos são fisicamente fracos.
Eles são excelentes mentores. A maior diferença entre magos e feiticeiros é que
os magos necessitam de objetos mágicos que sirvam de mediadores para seu
aprendizado sobre magias, enquanto feiticeiros nascem com a magia como parte de
si. Raças que podem ser magos: Meio humanos.</span></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">- Feiticeiros<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Em
sua maioria fisicamente fracos, os feiticeiros são muito poderosos no que diz
respeito a magia, podendo lançar feitiços sem
preparação prévia. Muito bons em preparações de poções mágicas, os feiticeiros
também têm poder natural, conseguindo muitas vezes controlar os elementos. Por
usarem a magia que provém deles próprios, os feiticeiros, após determinados
feitiços, há um grande desgaste físico/mental. Um feiticeiro tem mais poder e
lança suas magias com mais força e as controla com facilidade. Um feiticeiro já
nasce feiticeiro, ou seja, já nasce com habilidades místicas próprias de sua
natureza. Raças que podem ser feiticeiros: Elfos puros ou mestiços,
fadas, sereias e tritões e gigantes Etins.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">-
Druidas<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ser que cuida das plantas
e dos animais terrestres. Ele tem sua forma normal, mas também pode assumir a
forma de animais. A filosofia de um druida varia. Alguns apenas desejam
proteger a natureza que permanece virgem, outros sentem asco da destruição
causada pela evolução da civilização, buscando até mesmo destruir cidades para
restaurar a glória da natureza. A origem dos poderes de um druida varia. Em
alguns casos, ele consegue seu poder diretamente de sua relação com o ambiente
natural. Em outros, vem da relação de adoração do druida a deuses que
representam a floresta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Quando chamado ao combate, o druida geralmente usa
armas que estão relacionadas ao trato da natureza, como foices, bastões e
tacapes e geralmente tentam ser neutros, como é a natureza, que às vezes dá o
alimento de cada dia, mas também pode destruir com a força de uma tempestade. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Raças que podem ser druidas: Elfos puros, humanos (ou meio
humanos), gnomos, duendes, fadas do ar, gigantes, argos e sereias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Bárbaro</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;">São guerreiros de origem selvagem, geralmente derivados de tribos bárbaras de regiões distantes do centro de Aislin. Justamente por isso, não têm refinamento algum em seu jeito de lutar, usando, principalmente, a força bruta.</span><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;"> Bárbaros dão preferência a
armas grandes, como machados ou espadas de duas mãos e, por causa das falta de evolução
de seu meio, usam proteções de couro, isso quando usam alguma proteção. Bárbaros podem ser bons ou maus,
podendo fazer parte de tribos pacíficas ou fazendo parte de uma tribo de
saqueadores. Raças que podem ser bárbaras: Gigantes comuns, ogros, trolls e
centauros Íxions.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Bardo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<span style="background: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Um<span class="apple-converted-space"> </span>bardo, na história antiga da Europa, era uma pessoa encarregada de
transmitir as histórias, as lendas e poemas<span class="apple-converted-space"> </span>de
forma oral, cantando a história de seus povos em poemas recitados. Era
simultaneamente músico e poeta. S</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">ão cantores e
contadores de histórias natos, geralmente são bons músicos, seja na forma do
canto ou das notas de seu instrumento. Mas também, através da historias que
conhecem dos contatos sociais que possuem, também são valiosíssimas fontes de
informação.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Bardos costumam trabalhar
como mensageiros, escudeiros e espiões. Sua fama vai pela quantidade de
façanhas testemunhadas por ele e/ou por suas histórias e cantos. Uma vez que um
bardo testemunhou grandes aventuras e façanhas, é respeitado por entre seus de
mesma classe. Como é um viajante por natureza, usa instrumentos leves, como
harpas, bandolins<span class="apple-converted-space"> </span>ou flautas. As
versões femininas dos bardos, as odaliscas, usam os poderes das danças ao invés
dos poderes dos cantos e histórias. Raças que podem ser bardos: Meio humanos,
elfos da terra, fadas do ar duendes e gnomos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Guerreiro</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;">O poder do</span><span class="apple-converted-space" style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;"> </span><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;">guerreiro</span><span class="apple-converted-space" style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;"> </span><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;">se
concentra nas armas e na perícia em combate. Sua habilidade com armas é a
melhor e incomparável. Ele pode usar quase toda espécie de arma e armadura.
Também sabe técnicas variadas de luta e tem resistência física excepcional. Um</span><span class="apple-converted-space" style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;"> </span><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;">guerreiro</span><span class="apple-converted-space" style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;"> </span><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;">não usa
magia. Porém, mesmo sem poderes mágicos, um</span><span class="apple-converted-space" style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;"> </span><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;">guerreiro</span><span class="apple-converted-space" style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;"> </span><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;">não é menos forte que as outras
classes. Raças que podem ser guerreiros: Meio humanos, argos e centauros
Quírons</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">- Ranger</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;">Rangers são</span><span class="apple-converted-space" style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;"> </span><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;">guerreiros</span><span class="apple-converted-space" style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;"> </span><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;">que possuem ligações com forças da
natureza, a quem são devotados e buscam proteger. Acostumados com o ambiente
selvagem, sabem de coisas relativas a esse meio, o que geralmente os torna
excelentes rastreadores e caçadores, peritos em sobrevivência. Por sua ligação
natural, Rangers geralmente têm animais como companheiros, podendo se comunicar
com eles. Geralmente adoram deuses relativos à natureza, dos quais geralmente
emprestam poder para usar</span><span class="apple-converted-space" style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;"> </span><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;">magias
divinas. O ranger é um meio termo entre o</span><span class="apple-converted-space" style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;"> </span><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;">guerreiro,
e o</span><span class="apple-converted-space" style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;"> </span><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;">druida, já que não lutará tão
bem quanto um</span><span class="apple-converted-space" style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;"> </span><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;">guerreiro</span><span class="apple-converted-space" style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;"> </span><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18pt;">"puro", nem terá magias tão
fortes quanto um druida.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Rangers podem ser bons ou
maus. Enquanto alguns servem como "guardas florestais", guiando
aqueles que passam pelo ambiente que guardam, outros não se importarão de matar
com o pretexto de proteger o local. Embora normalmente o ranger seja retratado
como um protetor das florestas, ele poder ser especialista em qualquer ambiente
natural, como por exemplo desertos, montanhas ou mesmo cavernas subterrâneas. Sua
arma principal é o<span class="apple-converted-space"> </span>arco, e em
alguns jogos aparecem como<span class="apple-converted-space"> </span>caçadores.
Raças que podem ser rangers: Salamandras, sereias e tritões e elfos puros e
algumas fadas escolhidas.<o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0